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Rostos da Revolução em LouléA exposição «Rostos da Revolução – Desenhos de António e Fotografias de Carlos Gil» vai estar patente na Galeria de Arte da Praça do Mar, em Quarteira, entre os dias 16 de agosto e 17 de setembro.

A mostra junta trabalhos de dois autores «que marcaram presença na revolução e a retrataram através dos seus olhares e das suas ferramentas específicas de trabalho, permitindo-nos hoje voltar a encontrar muitos dos seus principais protagonistas e, também, rostos anónimos».

A exposição, uma organização conjunta da Câmara Municipal de Loulé e Comissão Concelhia das Comemorações dos 40 anos do 25 de Abril, com o apoio da Fundação Mário Soares, pode ser visitada de terça-feira a sábado, das 14 às 19 horas e das 20 às 23 horas. A entrada é livre.

«Fotojornalista por vocação e paixão, cidadão do mundo, Carlos Gil foi fotógrafo das gentes e dos sítios de Lisboa, unindo a sua paixão pelo pulsar da cidade. Foi um dos fotógrafos do 25 de Abril de 1974. Através da sua objetiva ajudou a documentar e a escrever parte da história da “Revolução dos Cravos”. Quando alguém o acordou e incitou a sair à rua na madrugada da revolução, mal imaginava que iria viver um dia em grande, gastar rolos e rolos de fotos, e largar a monotonia da sua vida profissional de até então, resumida a tirar fotos de cortar fitas», descreve a Câmara de Loulé, numa nota de imprensa.

Já o cartoonista António começou a carreira pouco mais de um mês antes da Revolução dos Cravos. Começa a colaborar com o vespertino República, na edição de 16 de março de 1974, dia do golpe das Caldas, «onde faz um desenho simbólico que viria a ser uma alegoria premonitória da revolução que rapidamente se aproximava».

«António começa nos jornais “por brincadeira”, sem grandes perspetivas de carreira numa atividade que até então se encontrava adormecida pelo Estado Novo. Em dezembro de 1974, António transfere-se para o Expresso, depois da passagem pelo Diário de Notícias, A Capital, A Vida Mundial e O Jornal. É na edição do Expresso de 4 de novembro de 1975 que nasce uma espécie de banda desenhada intitulada Kafarnaum que iria acender a polémica durante 100 semanas, trabalhos que iriam ser mais tarde reunidos naquele que viria a ser o seu primeiro livro. Sem passar despercebido, o seu traço polémico e talentoso é exibido nas mais variadas exposições nacionais e internacionais», acrescentou.

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