O ciclo de conferências do Centenário de São Brás de Alportel regressa na sexta-feira, dia 16 de janeiro, com uma sessão que irá reunir especialistas em tuberculose pulmonar no Centro de Medicina e Reabilitação do Sul (CMRS).
A conferência «Sanatório Carlos Vasconcelos Porto: dos velhos arquivos aos novos dados sobre a tuberculose pulmonar» está agendada para as 17 horas e irá promover «o cruzamento de conhecimentos e experiências sobre a evolução dos tratamentos da tuberculose pulmonar».
O evento conta com a participação especial de Cristina Fé Santos, coordenadora da Revista Saúde no Algarve e autora do livro “Sanatório Vasconcelos Porto – São Brás de Alportel; da Professora Ana Luisa Santos e do Professor Vítor Matos, ambos investigadores na área da saúde, da Universidade de Coimbra.
O debate tem lugar a partir das 17h30, depois de uma visita ao núcleo museológico existente no CMRS, «que guarda até aos dias de hoje fragmentos do passado do antigo Sanatório Vasconcelos Porto e respetiva atividade, entre outros espaços de interesse».
Esta iniciativa integra o Ciclo de Conferências do Centenário do Município, uma organização da Câmara Municipal de São Brás de Alportel e da Comissão para as Comemorações do centenário, com a colaboração do Centro de Medicina e Reabilitação do Sul, Universidade do Algarve e Universidade de Coimbra.
Sobre o Sanatório Carlos Vasconcelos Porto (atualmente CMRS):
Inaugurado no dia 8 de setembro de 1918, o Sanatório Carlos Vasconcelos Porto foi o primeiro hospital inserido numa empresa/indústria – os Caminhos de Ferro do Estado, para dar resposta a um grave problema de saúde que afetava a população portuguesa – a tuberculose.
Em 1953 abriu as suas portas à população em geral, passando a integrar o Instituto de Assistência Nacional aos Tuberculosos. O tratamento era gratuito e baseava-se sobretudo “no repouso, na cura de ares e numa boa alimentação”.
Nos dias de hoje, a evolução tecnológica e científica potencia fármacos e novas formas de tratamento desta doença grave e contagiosa, que continua a afetar um número considerável de doentes. Contudo, o tratamento correto e eficaz leva a uma cura em mais de 95% dos casos.