A exposição «O Regresso do Objeto: Arte dos anos 1980», do Museu de Serralves, vai rumar a Faro e pode ser vista a partir de quinta-feira e até 19 de Fevereiro no Museu Municipal de Faro.
A mostra junta trabalhos de vários artistas, entre os quais Xana, há muito radicado no Algarve, mas também de Rui Aguiar, Gerardo Burmester, Pedro Cabrita Reis, Rui Chafes, Harald Klingelhöller e Rui Sanches.
Esta exposição chega a Faro no âmbito de uma parceria estabelecida entre o município algarvio e a Fundação de Serralves, que permitirá a vinda de exposições com o selo desta última entidade à capital algarvia. O acordo concede à autarquia farense condições privilegiadas na aquisição de exposições com o selo Serralves.
Esta mostra faz parte do programa de exposições itinerantes do Museu de Serralves, cujo grande objetivo é «tornar a coleção de arte contemporânea de Serralves acessível para além das portas do Museu, permitindo assim o alargamento da rede de acesso e de aproximação das populações à arte e à cultura», segundo aquela entidade.
«O Regresso do Objeto: Arte dos Anos 1980 apresenta uma seleção de esculturas e pinturas de sete artistas portugueses e internacionais que sedimentaram os seus discursos artísticos nos anos 1980. Estas obras marcam uma reação à predominância da arte minimal e concetual nas décadas anteriores, através do regresso à pintura e à escultura e ao uso de materiais tradicionais como o ferro, o bronze e a madeira», segundo o Museu de Serralves.
«Assistimos a um regresso a temas clássicos da história da arte, ao ressurgimento de um imaginário figurativo e metafórico associado a títulos poéticos e evocativos e à proximidade com as artes decorativas e a cultura popular. Esta diversidade relaciona-se com o começo da globalização, que coloca em contacto e em influência mútua culturas muito diversas», acrescentou.
Esta exposição dará ao público algarvio «uma oportunidade para revisitar a produção artística da década de 1980 que, representando o fim do isolamento a que a ditadura tinha votado Portugal, revela um crescente sincronismo com o contexto artístico internacional», concluiu o Museu de Serralves.