“Potenciar mais a ação social, o turismo, o património e a cultura”. O desafio foi lançado ao reitor da Universidade do Algarve, esta terça-feira, dia 1 de julho, na sua visita ao concelho de Silves, pela presidente do município Rosa Palma, que espera que a Universidade a ajude a concretizar este desejo, através de “parcerias e dinâmicas conjuntas”.
A autarca espera ter conseguido mostrar os projetos mais relevantes que a autarquia está a desenvolver, em vários setores, em prol da população, no segundo maior concelho do Algarve.
Rosa Palma salienta que, embora não tendo dinheiro, tem uma equipa jovem e dinâmica, com grandes ideias. “O que necessitamos é tornar este concelho mais visível, por isso, estas sinergias conjuntas poderão ser fundamentais”, refere.
Como licenciada pela Universidade do Algarve, Rosa Palma recorda que, enquanto aluna de Biologia Marinha, estudou a fauna, a flora e a geologia da região, e defende que o papel da UAlg sempre esteve direcionado para os concelhos e para uma preocupação em tentar mostrar o que a região tem de melhor.
Contudo, também desabafa: “enquanto fui aluna, nunca conheci o reitor de então, mas acho que esta abertura da Universidade, e até da sociedade, é fundamental porque todos nós temos muito para contribuir”.
Rosa Palma: “O que necessitamos é tornar este concelho mais visível, por isso, estas sinergias conjuntas poderão ser fundamentais”
Por seu lado, António Branco, de todas as componentes da visita, elogiou a vertente cultural, realçando que “o concelho de Silves é conhecido por esta intensa atividade”, e pôde verificar que “a presidente da autarquia parece querer apostar muito na continuação e no desenvolvimento deste setor”.
Sobre as possíveis parcerias, António Branco destacou, em primeiro lugar, todas as áreas culturais, mas mostrou-se disponível para poder colaborar em todas as outras, sistematizando e formalizando as colaborações que já existem.
António Branco ressaltou, ainda, a forma “simpática” como tem sido recebido em todos os concelhos do Algarve. Consciente de que o mundo e, consequentemente, as mentalidades estão a mudar, privilegiando-se a proximidade, o diálogo e as relações entre as pessoas, o reitor defende que esta mudança trará uma nova riqueza à Universidade, aos municípios e à região.
Além da Biblioteca Municipal e do Museu de Arqueologia, a comitiva visitou a Corticeira Amorim, em Vale da Lama, onde ficou a saber, pela voz de Ricardo Silva, um dos responsáveis desta unidade e antigo aluno de engenharia Mecânica da UAlg, que esta fábrica utiliza as sobras e restos da cortiça, matéria-prima renovável e 100% natural, e orgulha-se de ter um processo industrial sem aditivos.
O reitor também foi conhecer o circuito da laranja, desde a sua chegada à Fábrica Lara – Laranja do Algarve, até à produção de sumo, sem qualquer aditivo ou conservante.
Este périplo no concelho de Silves terminou no Teatro Mascarenhas Gregório, edifício que faz parte da memória coletiva da sociedade silvense do século XX. Recentemente restaurado e reabilitado, volta agora a ter vida e a estar vocacionado para as suas genuínas apetências, uma vez que compatibiliza as memórias do teatro com as novas exigências técnicas do espetáculo.
O reitor António Branco elegeu como uma das finalidades estratégicas do seu mandato (2014-2017) estreitar ainda mais a relação da Universidade com a região, para que se possa estabelecer uma colaboração de grande proximidade e construir um espaço privilegiado de reflexão e de ação conjunta.
Centrando-se no lema “UAlgarve é o nosso Campus”, o reitor já visitou 13 concelhos do Algarve: Loulé, Lagoa, Castro Marim, São Brás de Alportel, Lagos, Alcoutim, Albufeira, Vila do Bispo, Aljezur, Portimão, Olhão, Monchique e Silves.