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A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António afirma ver, «com agrado, a decisão do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM), que emitiu parecer favorável ao Projeto de Parcelamento para os terrenos localizados a Poente do porto de Pesca de VRSA».

É que, «depois de anos de impasse», com esta autorização, a autarquia pode, finalmente, «dar mais um passo na implementação da Zona Industrial Norte de Vila Real de Santo António, um investimento necessário para ampliar a dinâmica económica do concelho e criar um cluster dedicado à construção e reparação naval».

Projetada junto ao Guadiana, a infraestrutura será também fundamental para revitalizar a indústria naval de Vila Real de Santo António que, há muito, salienta a autarquia em nota de imprensa, «anseia por se expandir para um local com áreas e condições apropriadas».

Outra das suas valências será a relocalização das empresas que se encontram dispersas na zona Sul da cidade, na área contígua à mata nacional, e que aguarda pela conclusão de um Plano de Pormenor que dará origem à sua requalificação integral.

«Esperamos com esta solução vir a resolver os problemas que as indústrias navais enfrentam, ainda para mais na presente conjuntura económica. Esta é, por isso, uma oportunidade para relocalizar um dos mais importantes setores de atividade vilarrealense, que se tem sobretudo especializado na construção de embarcações em fibra de vidro, onde é líder nacional», nota Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António.

Está igualmente previsto que outras indústrias tradicionais – como as fábricas conserveiras de atum – venham a instalar-se no novo polo, a que se somarão outras empresas ligadas à comercialização e reparação de embarcações.

A nova zona industrial e empresarial terá uma área de cerca de 11 hectares, por onde ficarão repartidos 40 pavilhões e diversos edifícios de escritórios, que ocuparão cerca de 30 mil metros de área coberta.

A Câmara sublinha que a sua implantação será feita em terrenos do Estado, sob gestão do IPTM, pelo que «os termos referentes à manutenção, conservação, exploração e gestão do espaço serão acordados mediante protocolo a celebrar entre o organismo portuário e o município».

 

 

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