O Sindicato dos Professores da Zona Sul vai promover concentrações nas escolas básicas de Marmelete, em Monchique, e de Odeleite, em Castro Marim, esta quinta-feira, e ainda da Ilha do Ancão, em Faro, na sexta-feira, para protestar contra o encerramento de escolas com menos de 21 alunos.
Pais e encarregados de educação também deverão participar nestas concentrações de protesto contra o fecho de escolas EB1 por «razões economicistas».
O Sindicato, que integra a Fenprof, sublinha em comunicado que, «desde 2002, altura em que se iniciou o programa de reorganização da rede do 1º Ciclo, já foram fechadas mais de 6500 escolas» em todo o país.
O Governo anunciou o fecho de mais escolas, desrespeitando até as Cartas Educativas negociadas entre as autarquias e o Ministério da Educação. Algumas das escolas em causa já nem deveriam ter aberto no ano letivo que agora terminou, mas acabaram por manter-se provisoriamente, graças aos protestos de pais e autarquias.
O Sindicato considera que o fecho é uma medida administrativa que vai contribuir para o empobrecimento do interior do país, «retirando as crianças do seu ambiente natural, quebrando laços familiares de grande importância para o seu equilíbrio emocional» e obrigando-as a «alterações de horários e deslocações desnecessárias».
No Algarve, no âmbito da intenção do Ministério de Educação de encerrar mais escolas do 1º ciclo do ensino básico, com menos de 21 alunos, estão referenciadas as escolas de Odeleite (Castro Marim), Ancão (Faro), Fonte Santa, Cortelha e Querença (Loulé), Marmelete (Monchique), e Salema (Vila do Bispo).