O Teatro das Figuras, em Faro, acolhe a conferência internacional «Património Cultural, Conhecimento e Cidadania», amanhã, terça-feira, a partir das 9h30.
Esta iniciativa está inserida nas comemorações dos dez anos da assinatura da Convenção de Faro e irá contar com oradores nacionais e estrangeiros, que irão falar sobre diferentes dimensões da cultura, a nível europeu, nomeadamente as Capitais Europeias da Cultura, estatuto que Faro almeja ter em 2027.
Da parte da manhã, depois da sessão de abertura, que incluirá representantes de diversas entidades, haverá uma intervenção de Pierre Paquet, inspetor-geral do património da região de Valónia, na Bélgica.
A partir das 14 horas, serão promovidos dois painéis de discussão temáticos, o primeiro dos quais sobre «Património e Conhecimento», que juntará os docentes da UAlg João Pedro Bernardes, Luís Filipe Oliveira, Miguel Reimão Costa e Renata Araújo, e será moderado por João Guerreiro, ex-reitor da universidade algarvia, que organiza esta conferência em parceria com a Câmara de Faro, o Centro Nacional de Cultura e o Teatro das figuras.
Já no painel temático «Capitais Europeias da Cultura» estarão presentes os antigos diretores de várias capitais europeias da cultura, Ulrich Fuchs (Linz e Marselha), Robert Palmer (Glasgow e Bruxelas) e Carlos Martins (Guimarães). No final, haverá um concerto de música de câmara, protagonizado pela Orquestra Clássica do Sul.
A participação nesta conferência é gratuita, mas a inscrição é obrigatória. Os interessados poderão inscrever-se online.
Sobre a Convenção de Faro:
A Convenção Quadro do Conselho da Europa Relativa ao Valor do Património Cultural para a Sociedade, ou Convenção de Faro, foi assinada no dia 27 de outubro de 2005, ano em que se celebrou a cidade de Faro como Capital Nacional da Cultura.
Esta Convenção tem como principais objetivos “reconhecer que o direito ao património cultural é inerente ao direito de participar na vida cultural, tal como definido na Declaração Universal dos Direitos do Homem; reconhecer uma responsabilidade individual e colectiva perante o património cultural; salientar que a preservação do património cultural e a sua utilização sustentável têm por finalidade o desenvolvimento humano e a qualidade de vida; adoptar as medidas necessárias à aplicação do disposto na presente Convenção, no que se refere: Ao papel do património cultural na edificação de uma sociedade pacífica e democrática, bem como no processo de desenvolvimento sustentável e de promoção da diversidade cultural; A uma maior sinergia de competências entre todos os agentes públicos, institucionais e privados interessados.”