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Tertulia do Polvo 2015A Tertúlia do Polvo voltou e, para além de debater a pesca e gestão desta espécie, quer ajudar a resolver os problemas com que se debatem as comunidades piscatórias dependentes deste recurso. 

Hoje, sexta-feira, há nova sessão da segunda fase deste projeto, nas instalações da Olhãopesca, em Olhão, às 17h30.

O Centro de Ciências do Mar (CCMar), associado à Universidade do Algarve, relançou esta iniciativa em Junho passado, já com a prespetiva de vir a ter apoio de fundos comunitários, através do Promar, o que acabou por acontecer.

Neste segundo ciclo de Tertúlias do Polvo, a ideia é «levar os problemas junto das comunidades que mais os sentem», promovendo sessões em diferentes locais da região, embora haja também outras agendadas para a Universidade do Algarve.

Se o primeiro ciclo de tertúlias se focou  em colocar as diferentes associações do setor a conversar sobre a gestão deste recurso, aquele que começou há cerca de três meses pretende pegar «nos problemas que as associações identificam como sendo mais urgente discutir e ir buscar outras partes interessadas, que possam ajudar à resolução ou mitigação do problema, alargando a discussão».

Na sessão de hoje, vai debater-se «quem será importante trazer às nossas reuniões».

Para chegar aqui, foi preciso percorrer um caminho nem sempre fácil. «Há muitas associações aqui no Algarve, mas notámos que há uma grande nível de desagregação, muitos conflitos latentes e pontos onde o entendimento é difícil. Mesmo assim, foi possível os principais problemas com que as comunidades se debatem», ilustrou.

Apesar de o ciclo já ter iniciado em Junho, esta pode ser vista como a primeira tertúlia da nova vida do projeto, já que o financiamento foi garantido há relativamente pouco tempo.

«Já iniciámos esta segunda fase, mas só agora temos o projeto “Tertúlia do Polvo – a gestão na primeira pessoa” aprovado e a funcionar, conseguimos, finalmente, patrocinar as tertúlias, que foi uma dificuldade que tivemos até ultrapassar esta fase burocrática», segundo revelou à RUA FM a investigadora Mafalda Rangel, que coordena este projeto.

Antes, as sessões da Tertúlia do Polvo eram financiadas pelo próprio CCMar, que quis discutir «as medidas de gestão do polvo que eram consideradas importantes aqui no Algarve». «Mas achámos que ficaria incompleto e que se perderia ali um grande potencial humano, de discussão e partilha de ideias», considerou Mafalda Rangel.

A solução encontrada para não perder o embalo foi uma candidatura ao Promar.

Ao todo, serão promovidas, até final do ano, «tertúlias regulares», abertas «a todos os que queiram participar».

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