Um tornado provocou hoje, cerca das 13 horas, um rasto de destruição num corredor entre Carvoeiro, Lagoa e Silves. Para já, não há ainda um saldo final de feridos, embora a Autoridade Nacional de Proteção Civil tenha informado o Sul Informação de que «há feridos ligeiros e graves, ainda em número indeterminado», acrescentando que os ligeiros «são seguramente superiores».
Contactado pelo nosso jornal, o Adjunto Nacional de Operações da ANPC João Verde referiu que a contabilização de feridos e danos ainda está em curso e que a primeira prioridade dos operacionais no terreno estão «é assistir as vítimas do que em contabilizá-las».
Ainda assim, já estão confirmados «5 feridos em Lagoa e 3 em Silves», mas ainda não é possível distinguir o grau de gravidade dos ferimentos destas vítimas. Tudo indica que este número irá engrossar nas próximas horas.
O Sul Informação sabe que o tornado provocou, além de feridos, a queda de inúmeras árvores, destelhou casas, destruiu o recheio de algumas casas que foi levado pelo vento e empilhou automóveis, criando um cenário de caos que está agora a ser avaliado pela Proteção Civil.
Relatos de testemunhas falam em marcas de carros no primeiro andar de prédios, deixadas depois das viaturas terem sido levantadas no ar pela força do tornado. «Foi um fenómeno francamente severo, ainda que imprevisível», ilustrou João Verde.
As primeiras informações recolhidas no terreno indicam que na zona da urbanização turística do Carvoeiro Golfe há casas destelhadas, janelas arrancadas e árvores caídas, enquanto na cidade de Lagoa, na zona situada junto ao Centro de Saúde e à Escola Jacinto Correia, o tornado deixou um rasto de destruição que arrancou mesmo o recheio de alguns apartamentos.
O tornado prosseguiu depois o seu caminho até Silves, onde há também notícia de prejuízos, nomeadamente «num parque de caravanas» e em diversos edifícios
O mau tempo tem estado a provocar inundações, mais ou menos graves, sobretudo no Barlavento algarvio, sobretudo porque as maiores chuvadas estão a coincidir com a hora da maré alta.
Em Ferragudo, todo o barranco que desagua na Rua do Regato e depois no Arade está inundado, tornado intransitável a estrada que passa nessa zona
No terreno, estão neste momento 72 operacionais e 28 veículos, todos locais. «Também já foram mobilizados preventivamente 100 operacionais dos distritos de Beja, Évora e Setúbal», acrescentou João Verde.
(Atualizada às 16 horas com dados fornecidos pela Autoridade Nacional de Proteção Civil)
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