Trabalhadores de três das lojas que ontem arderam no Retail Park de Portimão já foram encaminhados para outras unidades dos respetivos grupos.
Segundo a dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) Fátima Alves, os trabalhadores das cadeias Continente, Rádio Popular e Staples já foram temporariamente transferidos para outras lojas no Algarve, mas ainda não há informação certa sobre o que vai acontecer aos funcionários das outras quatro lojas destruídas.
A dirigente sindical, coordenadora da delegação de Portimão do CESP, acrescentou, em declarações ao Sul Informação, que já esteve esta manhã no Retail Park com o objetivo de se reunir com a administração desta área comercial, mas recebeu a resposta que «não havia ninguém disponível». «Já fizemos um pedido oficial para uma reunião», revelou.
Segundo Fátima Alves, os trabalhadores da loja da Rádio Popular do Retail Park de Portimão foram temporariamente transferidos «para a loja da Guia». «A empresa organizou transportes e os trabalhadores, que eram mais ou menos 20, já estão lá hoje», adiantou.
Também o Continente e a Staples adotaram um sistema semelhante de organização de transportes. No primeiro caso, os «mais de 120 funcionários foram distribuídos por outras unidades desta marca em Silves, Portimão e Lagos». «Já a Staples, como só tem loja em Faro, é para lá que estão a ir os trabalhadores», revelou.
A solução temporária encontrada por estas cadeias foi definida ainda ontem, em reuniões entre os responsáveis pelas marcas e os trabalhadores. Fátima Alves admite que outras lojas façam o mesmo, mas ainda não tem confirmação da parte dos trabalhadores. «Sabemos que os trabalhadores da De Borla e da Moviflor se vão reunir com as respetivas administrações», adiantou.
O Retail Park de Portimão foi quase totalmente destruído por um incêndio na madrugada deste domingo. Do complexo comercial, apenas sobraram a zona de restauração e uma oficina, situados em edifícios à parte do principal, onde se encontravam sete lojas de grandes cadeias comerciais, que arderam totalmente.
Foto: Sul Informação/Elisabete Rodrigues