O tráfego registado na A22 e no troço “algarvio” da A2, aumentou no último trimestre de 2014, em relação ao mesmo período de 2013.
Uma subida que os serviços ferroviários regionais acompanharam, de forma geral, bem como o transporte coletivo rodoviário de passageiros, com exceção das carreiras interurbanas regionais.
Em contrapartida, o tráfego no IC1, entre Tunes e São Bartolomeu de Messines, desceu significativamente.
Estes são alguns dos dados divulgados pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDRA) do Algarve, no seu boletim trimestral sobre Mobilidade e Transportes.
No que toca ao tráfego nos principais eixos rodoviários da região, destaque para a subida do Tráfego Médio Diário (TMD) no troço da A2 entre Almodôvar/S. B. Messines, parte do qual está situado no Algarve. Em 2014, houve um aumento de tráfego de 9,2 por cento em relação ao quarto trimestre do ano anterior, com uma média de 5528 veículos a passar nesta estrada.
Tendência inversa teve o troço do IC1 que corre paralelamente à A2 e que lhe serve como alternativa gratuita, onde o tráfego diminuiu e de forma significativa. No 4º trimestre de 2014, o número de veículos a passar nesta estrada desceu 13,2 por cento, para uma média de 5749 viaturas por dia.
Já na A22, também houve uma variação homóloga positiva, mas menos significativa: 3,3 por cento. Na Via Longitudinal do Algarve, vulgo Via do Infante, passaram, em média, 6531 veículos por dia. Também passaram mais viaturas na Ponte Internacional do Guadiana, mais precisamente 4627 por dia, um aumento de 2,5 por cento em relação ao último trimestre de 2013.
Aqui não há termo de comparação, já que os dados de tráfego disponíveis relativos à EN125 se reportam, apenas, a três troços: Faro/São João da Venda, Odiáxere/Estômbar e Tavira/Monte Lagoa. Nestes registaram-se variações homólogas positivas de 1,9, 0,6 e 0,4 por cento, respetivamente.
«De novo, e para ambas as vias estruturantes (A2 e A22), os sinais de recuperação aparentam consolidar-se: trata-se do 6º trimestre consecutivo de variações positivas (série iniciada no 3º T2012). Neste trimestre, também o TMD na Ponte Internacional do Guadiana apresenta uma variação trimestral homóloga positiva, aparentando reforçar a inversão de tendência iniciada no trimestre anterior (que pôs fim a 10 trimestres consecutivos de variações negativas)», analisou a CCDR do Algarve.
Nos últimos meses de 2014 também houve mais gente a andar de comboio, em relação ao ano anterior. No serviço regional, que liga Vila Real de Santo António a Lagos, foram transportadas mais de 396 mil pessoas, o que significou um aumento de 3 por cento. O serviço de Longo Curso, providenciado pelos comboios Alfa e Intercidades, movimentou cerca de 133 mil passageiros, um crescimento homólogo de 13,1 por cento.
«Em ambos os serviços, o que é notável, destaca-se fundamentalmente o facto de este trimestre constituir o sexto trimestre consecutivo de variações trimestrais homólogas positivas (desde o 3º T2013)», considerou a CCDRA.
Outro indicador onde se registaram subidas foi o do transporte coletivo rodoviário de passageiros. Neste campo, destaque para as carreiras urbanas regionais, que tiveram um aumento no número de passageiros de 1,8 por cento, tendo movimentado cerca de 1,2 milhões de pessoas. Este é o segundo trimestre consecutivo em que há um crescimento homólogo, neste indicador, «após 10 trimestres de variações negativas».
Também nas ligações interregionais houve um crescimento de passageiros, neste caso, de 2,8 por cento. Este bom desempenho não teve espelho nas carreiras interurbanas regionais, que registaram uma variação homóloga negativa de 3,6 por cento, tendo transportado um total de 1 milhão e 481 mil passageiros.
Nas carreiras fluviais, a CCDRA destaca o regresso às variações trimestrais homólogas negativas após dois trimestres de variações positivas (2º e 3º trimestres).
No quarto trimestre de 2014, houve descidas nas diferentes carreiras de barco, com as que operam na Ria Formosa a descer 3,4 por cento em relação ao ano anterior e a Carreira do Guadiana a diminuir em 13,9 por cento o número de passageiros transportados.
Quanto ao tráfego aéreo, a CCDRA continua a não ter autorização da parte da ANA Aeroportos para aceder aos dados que a empresa recolhe.