«Foi uma boa Greve Geral!». Foi desta forma que dirigente da União de Sindicatos do Algarve António Goulart avaliou a paralisação de hoje, cuja adesão na rua «foi muito superior às anteriores», nomeadamente as que ocorreram em março deste ano e em novembro de 2011.
Em Faro, saíram à rua «mais de mil trabalhadores», naquele que o sindicalista considera que foi «um bom contributo contra esta escalada do empobrecimento» em Portugal. «Vivemos um quadro difícil, em que muitos sentiram dificuldade em aderir à Greve. Mas também houve muitos que fizeram o sacrifício e arranjaram forma de se juntar ao protesto», considerou, em declarações ao Sul Informação.
No que toca à participação dos trabalhadores, também foi acima do habitual, apesar das «adesões diferenciadas» consoante o setor de atividade. «As escolas tiveram uma adesão enorme, bem como as Instituições Particulares de Solidariedade Social, as Misericórdias e as autarquias, na vertente da recolha de lixo», disse.
«Também notámos um grande crescimento na adesão dos trabalhadores do comércio a retalho em relação a outras Greves Gerais», acrescentou.
Para António Goulart, o aumento da adesão está ligado ao facto de «uma das prioridades do Governo, desde que tomou posse, foi a de diminuir a proteção social, os direitos laborais e reduzir os ordenados», acrescentando que «é o grande responsável pela criação e desemprego».
«Não tenho memória de um Governo que tenha tido três greves gerais em apenas ano e meio», concluiu.