A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Sines não ficou agradada com o que ouviu da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, sobre o fecho de serviços naquele concelho do litoral alentejano.
O Governo pensa encerrar o Tribunal de Sines e pondera substituir o serviço de Finanças por um balcão único, em articulação com a autarquia. Quanto ao Centro de Saúde, os utentes não obtiveram garantias de que o prazo de 14 meses previsto para as obras será cumprido.
«A Comissão de Utentes, após a audição, vem desta forma manifestar grandes preocupações relativamente às intenções assumidas pelos deputados presentes (PDP, CDS-PP). As consequências destas medidas que pretendem tomar serão gravosas para os utentes e trabalhadores dos serviços públicos», revelou este grupo de cidadãos, numa nota de imprensa.
Segundo os deputados que integram a comissão parlamentar, o Tribunal de Sines será fechado e as suas competências transferidas para o seu congénere de Santiago do Cacém, assim que as obras que estão em curso terminem.
Já no que toca às Finanças, os deputados salientaram que o Governo já afirmou que não iria fechar mais nenhum serviço de Finanças. «No entanto, manifestou a intenção de constituir conjuntamente com as autarquias balcões únicos (Front-office)», acrescentou.
Relativamente ao Centro de Saúde, para além de não dar garantias de que as obras decorrerão no tempo estipulado, os deputados presentes assumiram que os recursos humanos existentes (médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares) «são insuficientes».
No seguimento desta reunião, a Comissão de Utentes apelou «à participação da população em defesa destes serviços públicos», ao mesmo tempo que garantiu que não irá baixar os braços.