O novo Governo PS tomou posse há pouco e a Comissão de Utentes do IC1 de Alcácer do Sal e Grândola não perdeu tempo no relançamento da exigência de reparação das Estradas Nacionais 5 e 120. Os utentes pediram audiências ao Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, aos diferentes Grupos Parlamentares, à Comissão de Economia e Obras Públicas e à Infraestruturas de Portugal para lhes exigir obras nestas vias, que são a principal ligação gratuita entre os dois concelhos alentejanos.
«O estado de degradação visível em que estes troços se encontram, representa um grave atentado a todos os utentes que ali passam diariamente, bem como aos interesses das populações residentes, que têm visto nestes últimos longos anos a sua condição de vida afetada no âmbito económico, social e, sobretudo, na sua segurança e integridade física», defende a comissão.
Os utentes apontam «a inércia dos Governantes, da Concessionária e das Infraestruturas de Portugal», que leva a que haja «um potencial crescente número de acidentes» e, com ele, um «aumento das vítimas mortais». «Esta situação é inaceitável e insustentável considerando que este itinerário é um eixo rodoviário fundamental entre o Norte e Sul do País, um principal corredor de acesso de Espanha e à zona litoral do Alentejo, destacando-se, neste argumento, a atividade turística e industrial, pela relevância do Complexo Industrial/Portuário de Sines», defendem.
Esta realidade já trouxe os utilizadores desta via para a rua, em protesto, por diversas vezes, luta que, prometem, «irá continuar». Para já, tentarão a abordagem direta aos decisores.
«Exigimos infraestruturas rodoviárias de qualidade e com segurança para todos os utentes e recomendamos, com caráter de urgência, que o Estado através do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas que tutela a Infraestruturas de Portugal, dê cumprimento, com a máxima rapidez, ao início das Obras de Beneficiação e Construção do IC1, especificamente, entre os troços da EN5 (Palma) e EN120 (Alcácer do Sal e Grândola), promovendo dessa forma cívica as indispensáveis condições de circulação em plena segurança de forma consentânea com o nível de serviço exigível a um eixo viário fundamental e salvaguardando o interesse público», concluiu a comissão.