O Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) está a promover, esta sexta-feira, o «Workshop de Resíduos Verdes Herbáceos», no Instituto Superior Dom Afonso III, em Loulé.
A empresa de gestão de resíduos algarvia Algar, que tem experiência tanto na gestão de resíduos verdes, como na produção de biogás, é uma das entidades convidadas a dar o seu contributo.
Esta oficina pretende dar a conhecer o projeto europeu « GR3 – Grass to Green Gás», que procura promover o uso das aparas de relva e outros resíduos herbáceos dos espaços verdes como um recurso para a produção de biogás em regiões da Bélgica, Itália, Alemanha, Dinamarca e Portugal.
O workshop é destinado «a empreendedores públicos e privados, Câmaras Municipais, Empresas de Gestão e Manutenção de Espaços Verdes, Empresas de Gestão de Resíduos, Empresas que fornecem equipamento de digestão anaeróbia e sistemas de cogeração, Consultores, Técnicos municipais e estudantes».
A Algar irá dar o seu contributo através de uma breve exposição do panorama nacional e europeu relativo à gestão de resíduos, a cargo do seu diretor delegado Macário Correia, e da apresentação «Digestão Anaeróbia dos RSU na ALGAR», a cargo de Hugo Costa.
O principal objetivo do «GR3 – Grass to Green Gas» é a produção de energia renovável, sob a forma de biogás, «contribuindo, consequentemente, para a redução de emissões de gases com efeito de estufa (GEE) e para a melhoria da gestão ecológica dos espaços verdes». O projeto conta com 10 parceiros, com Portugal a ser representado pelo (LNEG).
«Para além de outras missões, estes parceiros terão que elaborar a inventariação da disponibilidade das aparas de relva, da sua qualidade, da procura e da motivação em suportar os custos inerentes; proceder à análise dos aspetos técnicos, organizacionais, ambientais, socioeconómicos e legislativos de cultivo, corte, logística, armazenamento e digestão anaeróbia das aparas de relvas; criar empregos verdes na cadeia de valorização descentralizada da biomassa e dialogar com as entidades públicas visando a preparação de incentivos que promovam a utilização das aparas de relva como matéria-prima para o biogás, bem como divulgar as práticas adquiridas às entidades interessadas, nomeadamente às autoridades locais, às entidades gestoras de resíduos, às cooperativas agrícolas, aos operadores de centrais de biogás, etc», revelou a Algar.