A Variante de Olhão «é mesmo para realizar», mas os trabalhos de construção só avançam, na melhor das hipóteses, no último trimestre de 2018. Pedro Marques, ministro do Planeamento e Infraestruturas, esteve hoje em Olhão, na apresentação da obra, que viu ontem lançado o concurso para os estudos prévios.
Até que as máquinas comecem a trabalhar, ainda falta, por exemplo, o estudo de impacte ambiental, a elaboração do projeto, o lançamento do concurso público, o visto do Tribunal de Contas…
O governante explicou aos jornalistas a razão de esta obra que é, há muito, uma ambição da cidade de Olhão, só agora estar a dar os primeiros passos.
«Esta obra não era uma prioridade anteriormente, para o anterior Governo, porque nem encontrámos os projetos para a realizar. A razão pela qual ela só pode acontecer depois de 2018 é o facto de termos de realizar estudos prévios, avaliações de impacte ambiental, os projetos, o RECAPE e só depois disso será feito o lançamento do concurso. Tudo isto tem prazos que são demorados e que podiam estar ultrapassados se a variante tivesse sido uma prioridade e se tivéssemos encontrado os projetos».
Mas esse não foi o caso, e «não sendo o caso, podíamos fazer o que fizemos e ontem já tínhamos lançado os concursos dos estudos prévios. Demos o sinal político aos olhanenses, e à região, que compreendemos que é uma obra prioritária, é mesmo para realizar, e que já pusemos em marcha esse processo», acrescentou o ministro.
Já António Pina, presidente da Câmara de Olhão, mostrou-se satisfeito com o anúncio da obra e até comparou o ministro e os secretários de Estado a Reis Magos, que visitaram a cidade e deixaram um presente.
«Esta é a grande obra pública que todos esperávamos. Nos últimos anos, Olhão cresceu muito, já tem todos os equipamentos coletivos, esta é a obra que faltava», disse o autarca.
António Pina mostrou-se ainda agradado com o fa
cto de o ministro ter considerado «que a obra estava no topo das prioridades. Estamos no início do processo, mas houve um compromisso bem claro que é para fazer e também um compromisso com a data para a execução da obra».
António Laranjo, presidente da empresa Infraestruturas de Portugal, foi o responsável pela apresentação daquilo que está planeado para esta intervenção, que vai custar cerca de 5 milhões de euros.
A variante irá ligar a rotunda de acesso à A22, entre Tavira e Olhão, à zona de Bela Mandil e terá a extensão de 6 quilómetros, atravessando as freguesias de Quelfes e Pechão.
A estrada terá uma via em cada sentido, de 3,5 metros cada, vai atravessar 7 rotundas e, segundo António Laranjo, «a velocidade base será de 80km/h».
Troço da EN125 entre a saída de Olhão e o acesso à A22 recebe obras já este ano
Se para a Variante a Olhão estar concluída será preciso esperar, pelo menos até 2019, no caso do troço da EN125 que liga a cidade à rotunda de acesso à A22 (Zona Industrial nova), está prevista uma intervenção, que deve «começar ainda este ano» e que faz parte de um conjunto de «obras urgentes», revelou Pedro Marques.
Esta obra engloba intervenções ao nível do piso, da sinalização, da drenagem e do estacionamento, numa extensão de 1,5 quilómetros.
A intervenção que, segundo a planificação, começa no 3º trimestre deste ano e termina no 1º trimestre de 2018, tem um custo estimado de 600 mil euros.
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