Os vereadores da oposição na Câmara de Faro, eleitos pelo PS, acusam o executivo liderado por Rogério Bacalhau de «falta de ideias e iniciativas», após os primeiros cem dias de mandato. Os socialistas alegam ainda que têm vindo a «propor sistematicamente» medidas para melhorar a qualidade de vida no concelho, «fazendo com que o executivo a tempo inteiro (PSD/PP) trabalhasse melhor para cumprir o interesse público local».
Numa nota de imprensa, os quatro vereadores do PS, encabeçados por Paulo Neves, revelam as propostas que fizeram, nomeadamente no plano da qualidade de vida das pessoas, no plano económico e financeiro e no plano do urbanismo e valorização do espaço e património público. Ao todo, foram dez as sugestões feitas ao executivo que foram destacadas.
Entre elas, «a redução das rendas da habitação social municipal e o perdão de divida dos que viram aumentadas (pelo Executivo PSD/CDS) as suas prestações em quase 4000% e agora estavam em risco de despejo quando na sua maioria estão também desempregados e portanto sem rendimentos para manter a habitação», que já está em vigor.
Os socialistas também reclamam a responsabilidade pelo «desenho da solução e proposta municipal ao Ministério da Educação para a normalização dos horários das escolas do primeiro ciclo do ensino básico de Faro» aprovado pelo executivo.
No plano financeiro, os socialistas destacam a «viabilização de todas as deliberações necessárias (Plano/Orçamento e Taxas) à aprovação do PAEL» e chamam a atenção para o incumprimento de duas propostas aprovadas, uma para manter a primeira hora de estacionamento gratuita no Mercado Municipal e a outra de antecipação do pagamento a pequenos fornecedores.
No urbanismo, o PS fala em «ação política» em prol da conclusão das obras na Circular Norte e na Secundária João de Deus e na proposta para a Sustentabilidade do Parque das Cidades Loulé-Faro.
«Infelizmente constamos que à falta de ideias e iniciativas da maioria PSD/CDS, tornou-se evidente que o Presidente da autarquia, nada decide, sem que antes e para tudo dependa da eventual vontade da ação do Governo ou dos representantes deste na região, como se ele próprio não tivesse sido eleito para representar em primeiro lugar os interesses das populações da Capital do Algarve», consideram os vereadores do PS em Faro.