Várias armadilhas para capturar pequenas aves foram encontradas e apreendidas por Vigilantes da Natureza do Parque Natural da Ria Formosa numa ação de fiscalização realizada na Praia de Faro.
Os vigilantes Silvério Lopes e Carlos Capela retiraram as armadilhas e ainda salvaram dois piscos-de-peito-ruivo, «uma pequena ave que se conhece bem pela mancha alaranjada que lhe ornamenta o peito», revelou a Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza.
«As armadilhas vulgarmente conhecidas por esparrelas, costelas ou loisas, são construídas de arame nas quais se coloca um isco, geralmente formigas de asas. As aves capturadas desta forma são para fins gastronómicos», segundo a associação, que salienta que esta prática é ilegal.
Algarve, Lisboa e Porto, são as regiões do país onde há mais captura ilegal de passariformes. «No Algarve destaca-se a captura para o petisco, em que o pisco-de-peito-ruivo e a toutinegra-de-barrete-preto são os que acabam mais frequentemente na frigideira», segundo os vigilantes de natureza.
«Esta atividade afeta a conservação da natureza e a perda destas aves torna a biodiversidade cada vez mais pobre. O decrescimento acentuado das espécies mais atingidas por este tipo de ações pode levar ao aumento significativo de pragas de insetos, dado que os passeriformes mais capturados são excelentes controladores naturais de pragas», acrescentou a associação.