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Dizem que o vinho põe alguns portugueses a cantar o Fado. Já a alguns turistas estrangeiros, aparentemente, tem o dom de os colocar a cantar Ópera. A área de chegadas do Aeroporto de Faro foi o local escolhido para fazer uma ação de promoção da Rota dos Vinhos do Algarve, esta quarta-feira, na qual foram dados a provar alguns néctares produzidos na região e lançado o desafio de partir à descoberta dos vinhos e adegas do Algarve.

Os turistas que aderiram à iniciativa, uma espécie de cocktail de boas vindas com diferentes tipos de vinhos e acepipes a acompanhar, agradeceram.

E, no caso de uma turista irlandesa, que acabava de chegar à região com duas amigas, a simpatia foi retribuída com a (talentosa) interpretação de uma ária de Ópera, que ecoou pelo aeroporto algarvio.

Um momento tão surpreendente para os que acolhiam, como deveria parecer a receção calorosa (e deliciosa) aos que chegavam. «Tem sido um êxito, a procura e o apreciar dos sabores da região», garantiu ao Sul Informação o presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA), que promoveu a ação promocional em parceria com a Comissão Vitivinícola do Algarve e a empresa de comunicação «Dar que Falar».

«O que queremos transmitir é que já temos vinho de qualidade, em toda a região, temos a Rota dos Vinhos, um Guia de Vinhos, publicado e de fácil acesso e uma Rota das Adegas, à qual já aderiram sete produtores, com programas associados de restauração e alojamento», disse Desidério Silva.

Este tipo de iniciativas vai fazer com que «os vinhos do Algarve passem a ser associados à nossa gastronomia, à nossa qualidade». «Isto é importante para a gastronomia, para a economia regional e para o turismo, no seu todo. Daí a nossa presença nesta que é uma das principais portas de entrada de turistas na região», resumiu.

Já o presidente da CVA Carlos Garcias explicou que esta ação se enquadrou no plano de comunicação da Rota dos Vinhos. «Hoje queremos divulgar o passaporte, os roteiros, que vão permitir às adegas fazer os percursos para visitar as quintas onde o vinho é produzido», disse.

Mas, mais do que isso, a ação de na quarta-feira quis dar a conhecer «um programa complementar ao Sol e Mar, para que se dê a conhecer o interior do Algarve», acrescentou.

«Temos sido bem acolhidos. As pessoas têm aderido, provado os vinhos e levado o passaporte consigo. Isso é o mais importante, no sentido de que possam fazer algum percurso durante a sua estadia. É essa a nossa intenção», acrescentou Carlos Garcias.

 

Vinhos do Algarve ainda têm dificuldade em entrar no mercado…algarvio

Ao longo de muitos anos, um problema que era apontado, quando se falava no setor de produção de vinhos no Algarve, era o facto de ser difícil encontrá-los em unidades hoteleiras e restaurante da região, até para espanto de alguns turistas, que o solicitavam.

«Essa é a nossa grande guerra, a grande batalha que vimos a disputar e que gostaríamos de ganhar. Queremos chegar à restauração e à hotelaria de forma massiva. Ou seja, garantir que todos os restaurantes, hotéis e estabelecimentos que vendam bebidas tenham duas ou três referências de vinho da região», disse Carlos Garcias.

«Ainda não está como nós queremos, embora já haja alguns sinais que apontem para aí. Mas queremos que as unidades de hotelaria e restaurantes da região tenham vinhos do Algarve nas suas cartas. Isso é importante para a economia da região, dar este sinal que há vinhos e de qualidade», disse, pelo seu lado, Desidério Silva.

 

sulinformacao

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