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A vitória já era esperada, na noite de domingo, na sede de campanha do PS Loulé, mas já a sua amplitude foi uma surpresa. O futuro presidente da Câmara de Loulé, o socialista Vítor Aleixo, confessou ao Sul Informação que não esperava «uma vitória tão folgada, por uma diferença de 14,5 por cento», embora estivesse convicto de que iria vencer as eleições por uma margem confortável.

É com naturalidade que Vítor Aleixo aborda o seu regresso à autarquia, 12 anos depois de ter cedido o cargo a Seruca Emídio. «Não espero nada em particular, quando voltar à Câmara. Vamos trabalhar, calmamente, para pôr em prática o nosso programa eleitoral. O que lá encontraremos, só depois o saberei», disse.

As prioridades para os próximos anos, serão, desde logo, as pessoas, devido «aos tempos de emergência social que vivemos». «Essa será a nossa primeira linha de preocupações. Em segundo lugar, tentaremos dar a ajuda que for possível, de modo a estimular o tecido económico, numa lógica de combate ao desemprego e estímulo do emprego», disse.

A postura serena e afável, que é característica reconhecida do socialista louletano, acabou por ser determinante na estratégia vencedora do PS/Loulé. Naquele concelho, não foram vistas as grandes figuras nacionais do PS, em ações de campanha de grandes dimensões. Isto não significa que tivesse faltado apoio do partido a nível nacional, garantiu, apenas que a estratégia pensada «desde janeiro» não era essa.

«A estratégia que assumi desde o início passava por cultivar a relação de proximidade que sempre tive com a população», revelou. Ou seja, dar mais atenção ao contacto direto e menos aos palcos em frente de uma plateia, embora também tenha passado por comícios e festas.

Apesar de não ter optado pela presença de algumas das figuras mais mediáticas ligadas aos socialistas, Vítor Aleixo realçou que teve o apoio de «destacadas figuras a nível nacional, das mais diversas áreas», que integraram a sua Comissão de Honra.

O candidato vencedor admitiu, por outro lado, que a decisão do Bloco de Esquerda em não avançar com uma candidatura à Câmara Municipal, com o objetivo assumido de não dividir o eleitorado À esquerda, foi «importante» para o resultado que conseguiu. «Foi uma decisão inteligente do BE», considerou.

A data da tomada de posse ainda não foi oficialmente marcada, mas tudo aponta para que aconteça a 18 ou 19 de outubro.

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