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O presidente da Câmara de Loulé Vítor Aleixo aproveitou o Dia do Município, que se celebrou a 29 de maio, para fazer um balanço dos primeiros sete meses à frente da autarquia. Um discurso onde falou dos eixos prioritários que têm pautado a ação do executivo que lidera, mas também de condicionantes herdadas do anterior executivo.

Desde que tomou posse, em outubro passado, a equipa de Vítor Aleixo apostou, segundo o edil, em diversos eixos, nomeadamente na promoção da cidadania, na proximidade às pessoas, em aumentar a eficiência na gestão, na preservação do património, no combate ao desemprego e no Turismo.

No primeiro caso, o autarca recordou as celebrações dos 40 anos do 25 de abril no concelho, «a decisão de tornar públicas todas as reuniões da Câmara Municipal e também o Orçamento Participativo em todas as freguesias do Concelho», revelou a Câmara de Loulé. Já a proximidade às pessoas é um contraponto «ao enorme desinvestimento do Estado», nomeadamente na Ação Social, que tem vindo a ser reforçada, em Loulé.

«A mudança de paradigma relativamente às despesas de forma a promover ganhos de eficiência», foi o terceiro eixo apontado pelo edil, que garante que irá valorizar a preservação do que já existe, em detrimento de novas construções «muito onerosas para o erário público municipal».

No património, «a aquisição do Café Calcinha, a recuperação do edifício da Música Nova ou a futura utilização do Palácio Gama Lobos (Palácio dos Espanhóis) para instalação de uma Escola de Artes e Ofícios» são algumas das intervenções que a Autarquia pretende levar a cabo nesta matéria.

«O combate ao desemprego, através de iniciativas que facilitem a instalação de empresas em todas as áreas e o acolhimento de investimentos também merece um olhar atento por parte dos responsáveis municipais», garante a autarquia. No entanto, Vítor Aleixo afirmou que «serão exceção os investimentos predadores do comércio local e que supostamente ao acrescentarem emprego para uns estão a condenar muitos outros ao desemprego», numa aparente alusão ao projeto do IKEA em Loulé, contra o qual se manifestou antes de ser presidente da Câmara e que estava já em fase avançada, quando tomou posse.

No turismo, o edil louletano salientou o projeto «Loulé, Cidade de Mercados», um «roteiro turístico, criativo e cultural que une a cidade através de pontos de interesse turístico variáveis, é uma das apostas no desenvolvimento local».

Estas prioridades também estão ligadas ao passado, segundo Vítor Aleixo. O autarca alegou que a herança recebida do anterior executivo que está a condicionar o seu trabalho, nomeadamente o passivo municipal de 80 milhões de euros, «mas também o desinvestimento total em pessoas, equipamentos e manutenção essenciais para que a Câmara possa cumprir a sua missão de bem servir os seus munícipes».

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