A redução do passivo em mais de 13 milhões de euros, instrumentos de apoio social que permitem chegar a mais pessoas, obras lançadas e investimento na herança patrimonial e na segurança. Estas foram algumas das “vitórias” reclamadas pelo executivo camarário de Loulé, num balanço «positivo» que fez do seu primeiro ano de mandato, no início desta semana.
O ponto alto da sessão foi o anúncio de que a Câmara de Loulé irá liquidar a dívida que contraiu no âmbito do PAEL antecipadamente, pagando os dez milhões de euros em causa antes do final do ano. Uma medida que permitirá outra liberdade de ação à autarquia louletana, que deixa de estar sujeita a algumas limitações que este empréstimo determina.
No balanço, uma das questões focadas foi, precisamente, a situação financeira da autarquia. Na sua intervenção, o presidente da Câmara de Loulé Vítor Aleixo disse que um dos principais enfoques do executivo que dirige foi «por cobro ao descalabro financeiro em que o município se encontrava», quando entrou ao trabalho, a 21 de outubro de 2013.
Segundo Vítor Aleixo, o passivo da autarquia, à data, ascendia aos 80 milhões de euros, o que levou o atual executivo socialista a «encetar um verdadeiro programa de recuperação económica, para atingir a sustentabilidade financeira, até final do mandato».
Com a redução que já foi conseguida e com o pagamento do PAEL, na calha, o vice-presidente da Câmara de Loulé Hugo Nunes, responsável pelo setor financeiro, estima que se possa reduzir o passivo «entre 22 a 24 milhões de euros», até final do ano. O aumento da receita em 4,6 por cento ajudará a fazer este ajuste, acrescentaram.
Com a Câmara num «momento de resolução da dívida satisfatório», a autarquia não deixou de investir, em diversas áreas, lembrou Vítor Aleixo. Uma linha de ação que assentou em quatro eixos principais, além do financeiro.
Desde logo o «eixo social e de inclusão», onde o edil destacou a criação do Regulamento Loulé Solidário, que permitirá «ajudar as inúmeras famílias que estão em dificuldades financeiras».
Outro eixo focado foi o da «cidadania e participação», área em que foi salientado o processo de Orçamento Participativo de Loulé, lançado pela primeira vez este ano, no qual participaram mais de 7 mil pessoas. Também as comemorações dos 40 anos do 25 de abril, assentes numa comissão concelhia, foram destacadas.
Vítor Aleixo também frisou aquilo que foi feito no «eixo da intervenção urbana e patrimonial», com o enfoque a ser dado a diversas obras lançadas pela autarquia, ao longo do primeiro ano de mandato, nomeadamente «o Passeio das Dunas», bem como intervenções de reabilitação urbana nas cidades de Loulé e Quarteira.
O último dos quatro eixos que pautaram a intervenção do atual executivo, ao longo do último ano, foi o da «segurança no território». Aqui, Vítor Aleixo lembrou o investimento conjunto «de mais de 3,5 milhões de euros» que irá ser feito pela autarquia e Ministério da Administração Interna na construção de um novo posto da GNR em Almancil e na melhoria das condições dos já existentes em Quarteira, Salir e Loulé.
