Vítor Guerreiro, presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, manifestou o seu «desagrado» e «surpresa» perante a intenção do governo de encerrar, até ao final de maio próximo, o Serviço Local de Finanças, do qual só soube pela comunicação social.
O autarca são-brasense, que classifica aquela intenção como «autista», salienta que «o Governo até agora nada disse a esta Câmara Municipal» sobre esse fecho, acrescentando que, desde setembro, quando pela primeira vez se falou desta possibilidade, que tem vindo a solicitar informações. «O Governo não dialogou connosco e não nos respondeu», acusa.
Vítor Guerreiro acrescenta que se trata de um «serviço sensível para as populações, do qual não se podem ver desprovidas».
O autarca considera que o encerramento do Serviço Local de Finanças vem «contrariar um projeto contínuo em prol do desenvolvimento e promoção da qualidade de vida no concelho são-brasense e pelo qual o executivo da autarquia tem vindo a trabalhar nos últimos anos, colocando sempre as pessoas no centro das suas prioridades».
Com o intuito de obter mais esclarecimentos e saber quais os motivos em que assenta esta decisão, Vítor Guerreiro solicitou hoje à ministra de Estado e das Finanças o agendamento de uma reunião, com a maior brevidade, para expor as suas preocupações, que são também as preocupações dos são-brasenses.
O presidente da Câmara de São Brás de Alportel anuncia ainda que irá recorrer a todos os «mecanismos legais que estiverem ao alcance da autarquia para inviabilizar o encerramento do Serviço Local de Finanças».
No Algarve, além da repartição de Finanças de São Brás, deverão ainda fechar as de Alcoutim, Castro Marim, Monchique, Aljezur e Vila do Bispo, todas situadas nos concelhos mais periféricos.