A zona antiga de Albufeira acolheu um simulacro de incêndio urbano, no passado sábado, que serviu para testar o Plano de Intervenção para a esta zona da cidade.
A operação envolveu 16 veículos (ambulâncias, viaturas de abastecimento, carros de combate a incêndio) e 52 operacionais, entre os quais se encontravam elementos do Corpo dos Bombeiros Voluntários de Albufeira, Cruz Vermelha Portuguesa, GNR e Autoridade Marítima.
Um dos principais objetivos foi testar a capacidade de resposta dos vários agentes e dos meios envolvidos, tendo em conta que a área em questão «é bastante sensível».
«Pelas 9 horas deflagrou um incêndio no nº 24 da Rua da Igreja Velha, reduzindo a escombros uma habitação devoluta e provocando a evacuação e realojamento de 20 pessoas, residentes nas moradias contíguas. Transmitido o primeiro alerta pelas 9h10, bastaram sete minutos para que as forças de intervenção chegassem ao local», descreve a Câmara de Albufeira, que promoveu o exercício, no âmbito das comemorações do Dia Internacional da Proteção Civil.
O simulacro previa a existência de seis feridos ligeiros, que «foram socorridos no local pela equipa de Saúde de Apoio, constituída por duas ambulâncias e quatro elementos da Cruz Vermelha Portuguesa – delegação de Silves| Albufeira».
Entretanto, o incêndio foi dado como extinto às 10h50. «Foram evacuadas as vítimas e encaminhadas para o local de alojamento, no Pavilhão Municipal de Albufeira. Deu-se início às buscas secundárias, operações de rescaldo, reavaliação da estrutura do edifício onde deflagrou o incêndio e às diligências necessárias para a recuperação da normalidade na área afetada», segundo a Câmara de Albufeira.
Na conferência de imprensa que se seguiu, o presidente da Câmara de Albufeira Carlos Silva e Sousa referiu que o Simulacro decorreu conforme estava previsto, apesar de algumas contingências. Entre as dificuldades encontradas, estiveram a tipologia do edificado característico de zonas antigas (utilização de taipa e madeira na construção, casas degradadas ou em ruínas e edifícios históricos), ruas estreitas com dificuldades nos acessos, viaturas mal estacionadas, população envelhecida e com reduzida mobilidade e a existência de um hotel nas imediações.
«Verificou-se uma excelente articulação entre as diferentes forças envolvidas no terreno, os mecanismos de socorro funcionaram, os equipamentos responderam de forma eficaz e foram alcançados todos os objetivos desenhados para a operação», considerou Carlos Silva e Sousa.
No final do exercício, a vereadora da autarquia albufeirense Ana Vidigal, que dirigiu o exercício, reuniu-se com representantes das diversas entidades envolvidas, para fazer uma avaliação, que visou «verificar o nível de cumprimento dos objetivos, avaliar os procedimentos das diferentes entidades que participaram no exercício e propor a correção de eventuais anomalias».