O mês de Maio, em Portugal continental, foi «extremamente quente» em relação à temperatura do ar e «normal» em relação à precipitação, a anunciou hoje o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Este foi mesmo o 3º mês de Maio mais quente desde 1931, depois de 2011 e 2015.
Segundo o IPMA, o valor médio da temperatura média do ar foi de 18.47 °C, ou seja, 2.74 °C acima do valor normal.
O valor médio da temperatura máxima do ar, 24.96 °C, foi o 2º mais alto desde 1931, com uma anomalia de +4.0 °C, e o valor médio da temperatura mínima de 11.99 °C foi 1.49 °C acima do normal.
Ao longo do mês, a temperatura apresentou grande variação, sendo de realçar valores muito altos da temperatura máxima do ar, muito superiores aos valores normais, nomeadamente a partir do dia 20.
Os dias 23 a 25 foram os mais quentes, com valores de temperatura média superiores a 23 °C e valores médios de temperatura máxima superiores a 30 °C.
Os maiores valores da temperatura máxima do ar, ≥ 35 °C observaram-se nos dias 24 e 25.
No período de 20 a 27 de Maio, registou-se uma onda de calor nas regiões do interior Norte e Centro e Alentejo.
No entanto, em relação à chuva, o mês de Maio classificou-se como normal, com um valor médio de precipitação em Portugal continental de 66.1 mm, o que corresponde a 93% do valor médio.
De acordo com o índice meteorológico de seca – PDSI, no final do mês mantém-se a situação de seca meteorológica em quase todo o território de Portugal Continental, verificando-se, em relação a 30 de Abril, um desagravamento na região noroeste do território e um agravamento na região Sul, com o aumento da área em seca moderada.
No final deste mês, cerca de 70% do território estava na classe de seca moderada.
Curiosamente, o Algarve é a região do país menos afetada pela seca, já que grande parte do seu território está numa situação de “seca fraca”, a zona de Lagos/Aljezur está em situação normal e em Sagres a situação foi mesmo de “chuva fraca”.