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Os Bancos Alimentares Contra a Fome recolheram no passado fim-de-semana um total de 2644 toneladas de géneros alimentares na campanha realizada em 1655 superfícies comerciais de todo o País.

Os algarvios, através do Banco Alimentar contra a Fome do Algarve, contribuíram com cerca de 154 toneladas de alimentos, que serão distribuídos por 73 instituições de toda a região.

Tanto as quantidades recolhidas como o número de voluntários envolvidos ultrapassaram todas as expetativas. Em termos de quantidades, os resultados excederam em 13,7% os atingidos no ano passado por esta altura do ano, pese embora a evidente contração do rendimento disponível e do poder de compra dos portugueses.

Já no tocante a voluntários, cerca de 37 mil responderam à chamada, o que constituiu um recorde absoluto, confirmando que esta iniciativa de voluntariado não tem, ao nível da dimensão, qualquer paralelo no nosso País.

Os portugueses – e em particular a sociedade civil – responderam, assim, de forma positiva ao desafio que o lema desta campanha lhes lançou, provando que “maior do que a crise que nos bate à porta, é a solidariedade dos portugueses”.

“As quantidades de géneros recolhidos e o número extraordinário de voluntários envolvidos mostram que as pessoas responderam ao apelo e quiseram demonstrar que, apesar da profunda crise económica que afeta tantas famílias portuguesas, não se conformam com a situação e estão disponíveis para reagir e para ajudar a minorar as dificuldades. Os portugueses querem e podem, na medida das suas possibilidades e quando os projetos são claros e mobilizadores, contribuir de uma forma construtiva, coesa, cívica e solidária para a resolução dos problemas”, afirmou Isabel Jonet, Presidente da Federação dos Bancos Alimentares Contra a Fome.

 

Voluntariado em ação

Mais de 37 mil voluntários disponibilizaram algum do seu tempo durante o fim-de-semana para participar na campanha de recolha. Tarefas como a recolha nos estabelecimentos comerciais, o transporte, pesagem e separação dos produtos, foram integralmente asseguradas por voluntários, confirmando, assim, a adesão entusiástica ao projeto dos Bancos Alimentares Contra a Fome.

Os géneros alimentares recolhidos serão distribuídos a partir da próxima semana a mais de 2.100 Instituições de Solidariedade Social, que os entregam a 337 mil pessoas com carências alimentares comprovadas, sob a forma de cabazes ou de refeições confecionadas.

Ao longo da próxima semana, até 3 de Junho, haverá ainda a possibilidade de contribuir para os Bancos Alimentares Contra a Fome on line, no site www.alimentestaideia.net, a plataforma de recolha de alimentos na Internet.

Prossegue também até 3 de Junho a Campanha “Ajuda Vale”, nas lojas Pingo Doce/Feira Nova, Dia/Minipreço, El Corte Ingles, Jumbo/Pão de Açúcar, Lidl e Modelo/Continente, onde serão disponibilizados, em suportes próprios, cupões-vale de produtos selecionados (azeite, óleo, leite, salsichas, atum e esparguete).

 

Atividade dos Bancos Alimentares estende-se ao longo do ano

A atividade dos Bancos Alimentares Contra a Fome prolonga-se ao longo de todo o ano. Para além das campanhas de recolha em supermercados, organizadas duas vezes por ano, os Bancos Alimentares Contra a Fome recebem, diariamente, excedentes alimentares doados pela indústria agro-alimentar, pelos agricultores, pelas cadeias de distribuição e pelos operadores dos mercados abastecedores.São assim recuperados produtos alimentares que, de outro modo, teriam como destino provável a destruição.

Estes excedentes são recolhidos localmente e a nível nacional no estrito respeito pelas normas de higiene e de segurança alimentar. Deste modo, para além de combaterem de forma eficaz as carências alimentares, os Bancos Alimentares Contra a Fome lutam contra uma lógica de desperdício e de consumismo, apanágio das sociedades atuais.

 

Recolha nacional, ajuda local

Os Bancos Alimentares Contra a Fome distribuem, ao longo de todo o ano, os géneros alimentares recorrendo a Instituições de Solidariedade Social por si selecionadas e acompanhadas em permanência por voluntários dos Bancos.

Estes realizam visitas domiciliárias e asseguram um acompanhamento muito próximo e individualizado de cada pessoa ou família necessitada, de forma a ser possível efetuar, em simultâneo, um verdadeiro trabalho de inclusão social.

Em 2011, os dezanove Bancos Alimentares Contra a Fome operacionais distribuíram um total de 30.252 toneladas de alimentos (equivalentes a um valor global estimado superior a 42,352 milhões de euros), ou seja, um movimento médio de 121 toneladas por dia útil.

A atividade dos Bancos Alimentares norteia-se pelo princípio genérico da “recolha local, ajuda local”, aproximando os dadores dos beneficiários e permitindo uma proximidade entre quem dá e quem recebe.

Possibilita o encontro entre voluntários e instituições beneficiárias, por um lado, e entre fornecedores da indústria agroalimentar, empresas de serviços, poderes públicos e o público em geral, em especial durante os fins-de-semana das campanhas de recolha, em que todos trabalham lado a lado por uma causa comum: a luta contra as carências alimentares e a fome.

Em 1991, foi aberto em Portugal o primeiro Banco Alimentar Contra a Fome e estão atualmente em atividade no território nacional 19 Bancos Alimentares, congregados na Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares, com o objetivo comum de ajudar as pessoas carenciadas, pela doação e partilha.

Existem 247 Bancos Alimentares operacionais na Europa, que, em 2011, distribuíram produtos a cerca de 5 milhões de pessoas, através de 31.000 associações (www.eurofoodbank.org).

sulinformacao

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