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Oito dias depois do desaparecimento dos cinco jovens, foi hoje, dia 23, localizado, pelos navios da Marinha que participam nas buscas, um segundo corpo do sexo feminino, a cerca de 2300 metros frente à praia do Meco.

«Ao que tudo indica, poderá tratar-se de um dos jovens desaparecidos» no domingo, dia 15, na praia do Meco, sublinha a Marinha. Falta ainda localizar três corpos.

Em comunicado, a Marinha explica que o segundo corpo foi localizado pela lancha de fiscalização «Águia», em coordenação com o Centro de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa (MRCC Lisboa) e a Capitania do Porto de Setúbal.

No entanto, devido às «condições adversas» de mar que se faziam sentir no local, o corpo foi recolhido, às 10h30, pela corveta  “Jacinto Cândido”, navio que se encontra envolvido nas operações.

O corpo será encaminhado para o Gabinete Médico Legal do Hospital de S. Bernardo, em Setúbal, para se proceder à sua identificação, tendo as famílias dos jovens desaparecidos sido já informadas.

Já ontem, domingo, tinha sido recolhido, em frente à praia da Pipa, o corpo de outra mulher, que também deverá ser uma das jovens desaparecidas.

No entanto, depois de sete dias no ma,r o corpo estava irreconhecível e nenhuma das famílias conseguiu identificá-lo. “Quando o corpo permanece tantos dias dentro de água há o desluvamento da pele [que impossibilita, nomeadamente, a recolha das impressões digitais] ao qual se junta a acção da fauna marinha”, explica o diretor da delegação do sul do Instituto de Medicina Legal, Jorge Costa Santos, citado pelo jornal Público.

Assim, a prova de “confirmação e identificação positiva” só será possível através da comparação de perfis de ADN, em laboratório. “É um procedimento que só deverá concluído daqui por duas semanas”, diz Jorge Costa Santos. Ou seja, só em Janeiro é que as famílias terão a confirmação acerca da identidade dos corpos.

As buscas prosseguem, mantendo-se empenhada na operação a corveta “Jacinto Cândido”, bem como meios, por terra, da Autoridade Marítima e dos Bombeiros Voluntários de Sesimbra.

Os cinco jovens (quatro raparigas e um rapaz) integravam um grupo de sete alunos da Universidade Lusófona, que tinha alugado casa em Alfarim, no concelho de Sesimbra, para passar o fim-de-semana. Por volta da 1h00 de domingo, dia 15, foram arrastados por uma onda, na praia do Meco. Um deles ainda conseguiu sair da água por meios próprios e alertar as autoridades. Outro foi encontrado morto na manhã do mesmo dia.

sulinformacao

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