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As comemorações do 65º aniversário da criação do Serviço Meteorológico Nacional realizam-se esta sexta-feira, dia 7, contando com a presença do secretário de Estado do Mar e do secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

Embora o Serviço Meteorológico Nacional só tenha 65 anos de atividade enquanto tal, as observações meteorológicas mais antigas conhecidas foram realizadas em território nacional por Tomas Hebender, na ilha da Madeira, entre 1747 e 1753.

Para dar resposta às necessidades dos diversos setores económicos, foram sendo criados, desde o final do século XIX, serviços meteorológicos em vários Ministérios.

Em 1946, com o desenvolvimento da aviação militar e comercial, estavam em funcionamento em Portugal, para além de serviços privados nas companhias de aviação, sete serviços meteorológicos no Continente, Açores e Madeira e três nas Colónias.

A fusão destes serviços meteorológicos públicos deu origem ao Serviço Meteorológico Nacional, que começou a funcionar a 3 de Outubro de 1946, e ao qual foram atribuídas competências na área da meteorologia marítima, meteorologia aeronáutica e clima e suas aplicações, designadamente na área da meteorologia agrícola.

As áreas de atuação do Serviço Meteorológico Nacional foram sendo alargadas para responder a sucessivas solicitações dos vários sectores socioeconómicos.

Neste contexto, hoje, o Instituto de Meteorologia I.P., enquanto serviço meteorológico nacional, inclui nas suas competências a vigilância meteorológica, associada com a ocorrência de fenómenos extremos passíveis de originar desastres naturais, com o propósito da salvaguarda de vidas e bens, e finalmente a vigilância climática para monitorização das alterações climáticas e a elaboração de cenários climáticos futuros.

Igualmente o Instituto apoia com informação, produtos e serviços a atividade de alguns setores económicos, designadamente os associados às energias renováveis (radiação solar, energia eólica, energia das ondas, transportes, construção civil, a agricultura e o turismo.

Orientado para o serviço público e para suporte técnico e científico da atividade privada, o Instituto de Meteorologia «procurou sempre fornecer informações e serviços de qualidade nos domínios da sua missão, não poupando esforços de melhoria, estabelecendo metas de qualidade e excelência nas suas áreas de responsabilidade», salienta o IM.

Os comunicados de ocorrência de sismos, os índices de risco de incêndio, o sistema de avisos de fenómenos extremos e a informação sobre situações de seca e de ondas de calor são produtos aos quais a população portuguesa já se habituou.

Sendo possivelmente uma das áreas menos conhecidas da população em geral, o Instituto de Meteorologia tem na meteorologia aeronáutica uma das suas atividades de maior responsabilidade e impacto, através da vigilância nas regiões de informação de voo de responsabilidade do Estado Português, e da vigilância e previsão nos aeroportos nacionais.

Neste sentido o IM conta com uma infraestrutura que aproveita os últimos desenvolvimentos tecnológicos na área da observação quer in situ, estações automáticas, quer através de deteção remota, satélites, radares e sistemas de deteção e localização de descargas elétricas.

Para apoio à Previsão, o Instituto dispõe de resultados de modelos numéricos globais e de área limitada de elevada resolução.

O Instituto de Meteorologia conta ainda com recursos humanos extremamente experientes e qualificados técnica e cientificamente que, apesar da sua redução em cerca de duzentos elementos na última década, tem permitido que os objetivos decorrentes da sua missão sejam atingidos, tirando proveito dos avanços tecnológicos entretanto verificados.

Para o sucesso do IM, contribui ainda a cooperação internacional que se tem desenvolvido no âmbito da Organização Meteorológica Mundial e da Organização Internacional da Aviação Civil, e mais atualmente da EUMETSAT, Organização Europeia para a Exploração de Satélites Meteorológicos, e do Centro Europeu de Previsão a Médio Prazo, bem como a cooperação regional com seus pares europeus designadamente na ECOMET e na EUMETNET.

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