O Pavilhão de Portugal na Expo98 foi “incensado” por toda a gente e mais alguém (e na minha opinião, com toda a razão!) por ser uma emblemática obra do nosso primeiro Nobel/Pritzker da Arquitetura, o decano Álvaro Siza Vieira.
A famosa pala até valeu um prémio – não ao arquiteto que a concebeu, mas ao engenheiro que permitiu que ela existisse: António Segadães Tavares.
No entanto, depois de muitas ideias para a ocupação do Pavilhão de Portugal, o edifício está fechado, quase sem utilização, há 13 longos anos…Por isso, até parece que Portugal é um país rico, que pode assim desperdiçar o seu património…
O mais caricato é que o Pavilhão de Portugal até foi classificado como Monumento de Interesse Público, pelo Igespar, em 30 de março de 2010. Para quê???
Li algures e disseram-me amigos arquitetos e outras pessoas ligadas a estas coisas do património, que o edifício é «difícil», por não ter sido pensado de raiz para usos mais «normais», como os de albergar um qualquer organismo do Estado, nomeadamente ligado à Cultura…
Mas eu duvido que não se pudesse, com pouco dinheiro e bastante criatividade (e sobretudo vontade!!), adaptar o Pavilhão de Portugal a um qualquer uso digno, que o retirasse desta condição indigna de coisa abandonada e triste…
E, de facto, repito, até parece que somos um país rico…
Texto e foto de: Elisabete Rodrigues