Fomos um país pobre, com um povo esforçado, que aproveitava tudo que pudesse. As famílias plantavam a sua horta, colhiam frutas e frutos secos, o povo andava de bicicleta. Éramos felizes, tínhamos ouro no cofre central, muitos o tinham em jóias, mas não havia liberdade de falar.
Uns bons no falar, ao dar a impressão de tudo estar bem (para eles), levaram-nos à UE, cada vez mais totalitária e egoísta. O Euro levou-nos a uma dívida impagável, dizem os economistas lusos e estrangeiros. A troika irá controlar-nos por mais 35 anos. Em breve os juros subirão, pois quem ganha com isto é a banca estrangeira, que comanda o Banco Central Europeu e Bruxelas. Hoje podemos falar, mas não agir!
Usámos empréstimos para obras faraónicas, depois de perder o ouro que tínhamos no Banco de Portugal e nas jóias familiares. Construímos 400 mil fogos a mais, o que levou ao desbarate de alguns bancos, resgatados com o dinheiro do contribuinte – seu e meu.
Por esta loucura passaram outros países antes. Como os EUA no governo Bush-pai, e Clinton precisou de oito anos para consertar o estrago, há 15 anos.
A Suécia passou por isto mesmo há 24 anos. A Dinamarca, há 35 anos. Mas nenhum tomou emprestado de troikas à custa da sua liberdade. Nenhum foi obrigado a vender as suas boas empresas estratégicas, a qualquer preço, a estrangeiros.
Eles simplificaram a administração pública, para aumentar a competitividade dela e das PMEs. Defenderam o consumidor, ao melhor controlar as grandes corporações de energia, comunicações, transportes. Investiram em PME, pois são as que criam emprego. Sobretudo nos nichos que usam a matéria-prima local para exportar.
Aqui em Portugal fazem tudo ao contrário. Lisboa despreza as riquezas do Algarve e do Alentejo. Como alimentos biológicos, extratos de plantas, flores, mel, tudo de origem rural com boa seleção e tecnologia simples.
Há uns 100km de minas nas serras alentejanas e uma só empresa pouco explora este potencial. Temos em Monchique granito que, serrado junto a Tunes, pode ir de comboio para obras em França ou de barco para a rica Alemanha. Temos nas salinas iodo, lítio, magnésio, e outros minerais valiosos. E, sob o mar, 78 mil milhões a explorar com tecnologia australiana.
A Petrobrás, no Brasil, retira 500 mil barris por dia de crude, longe das praias, com tecnologia norueguesa, sustentável. O mel mineral do sal traria muito emprego.
YES, WE CAN – SIM, PODEMOS!