António Eusébio apresentou esta manhã a sua candidatura a presidente da Federação do Algarve do PS, com a ambição de «revitalizar o partido» e de «devolver o orgulho e a confiança» dos militantes e cidadãos em geral no partido, mas admitindo que vai trazer uma forma diferente de liderar.
Caso seja eleito, promete o único candidato que até agora avançou e que provavelmente não terá oponente nas urnas, haverá uma mudança em relação ao passado recente do PS, na região. «Os tempos são hoje diferentes do que eram há dois ou três anos atrás. Respeito o muito trabalho que foi feito pelo atual presidente, Miguel Freitas. Mas, neste momento, penso que temos de ter uma atitude diferente da do passado», defendeu, em conversa com o Sul Informação.
«Muitos dos desafios que hoje apresentei vão nesse sentido», acrescentou. O programa apresentado pelo militante socialista assenta «em cinco pontos principais», nos quais é dada ênfase especial à participação e união interna. Ao mesmo tempo, o candidato quer recuperar «as bandeiras históricas» socialistas.
O atual presidente da Câmara de São Brás de Alportel quer «envolver os militantes na elaboração da moção estratégica» que norteará o seu mandato. Uma forma de fazer sentir aos socialistas algarvios que também têm algo a dizer quanto ao rumo do partido.
Com as eleições autárquicas a menos de dois anos de distância, outro dos pontos fortes da candidatura de António Eusébio é o apoio promete dar às estruturas locais do partido. «Acho que será muito importante acompanhar de perto as concelhias», aproximando-as da Federação, considerou.
Quanto a adversários, o candidato a líder do PS/Algarve diz «não ter informação» da existência de outros candidatos e até se mostra convicto que irá sozinho a votos. «Mas, pela informação que tenho recolhido, penso que não haverá mais nenhuma candidatura», adiantou.
Entretanto, no manifesto de candidatura, enviado ontem às redações, António Eusébio explicou que avançou porque acredita «poder contribuir para devolver a esperança e a confiança aos algarvios».
O candidato à presidência do PS/Algarve defendeu «a necessidade de serem criadas medidas específicas para a nossa região», tendo em conta a crise, as medidas de austeridade, a elevada taxa de desemprego que atinge a região, «a insistência em portajar a Via do Infante sem avaliação dos impactos consequentes para a economia local» e o aumento do IVA.
«O Algarve merece linhas de intervenção singulares em termos de emprego, de apoio à economia local, de formação / qualificação, fundamentais para a coesão social, de que depende o futuro!», considerou.
Com a candidatura, António Eusébio assumiu «cinco desafios». Desde logo, o de «revitalizar o partido», o que passa pelo segundo desafio, o de «devolver a voz às bases», onde apela também à união e participação alargada dos socialistas algarvios. Vencer as autárquicas na região em 2013, «combater a crise social» e «recuperar a Economia regional» são os outros objetivos a que se propõe.
(Atualizado às 8h47 com os objetivos e desafios do manifesto de candidatura de António Eusébio)