O molhe levante da barra de Tavira está em «iminência de ruína», alertou esta quinta-feira a concelhia do Bloco de Esquerda deste concelho algarvio. O BE baseia-se em estudos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), que, garante, «confirmam esta apreciação».
Uma situação para a qual o bloco já terá dado alerta público e oficial, tanto junto do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos como do executivo camarário de Tavira, na Assembleia Municipal de 26 de setembro, mas que aparentemente não espoletou um plano de ação.
«Embora tenha conhecimento destes factos, o IPTM não parece ter atribuído publicamente a importância que este facto justifica», acusou o BE de Tavira, que acrescenta que tomou conhecimento da situação por técnicos que trabalham para aquela entidade. «O desmoronamento da barra significaria a sua obstrução total», acrescentou.
«O encerramento representaria a paralisia total da atividade piscatória em todo o concelho de Tavira, de cabanas a santa Luzia, com significaria o isolamento dos inúmeros barcos de recreio que procuram as Quatro-Águas como ancoradouro», ilustraram os bloquistas.
«Acresce o preocupante assoreamento da barra, que se agravou face à paralisia da atividade extrativa de areia que desde há muito garantia o desassoreamento. Do mesmo modo se encontram os canais de acesso a Cabanas e Santa Luzia e mesmo o cais de Santa Luzia poderá deixar de ter acesso a curto prazo», concluíram.
«Na Assembleia Municipal de Tavira de 26 de Setembro, o deputado municipal do Bloco de Esquerda José Manuel do Carmo levantou a questão alertando os poderes políticos locais para a gravidade da situação», acrescentou o BE.