A falta de medicamentos no Centro Hospitalar do Algarve levou os deputados do Bloco de Esquerda a questionarem o Ministro da Saúde. Os deputados Cecília Honório e João Semedo invocam duas situações, registadas na mesma semana, de pacientes que regressaram a casa sem a medicação que iam recolher ao hospital.
Segundo os deputados, «na mesma semana, um doente oncológico e uma doente com esclerose múltipla, dirigiram-se, ao Hospital de Faro e ao Hospital de Portimão, respetivamente, para receberem a medicação prescrita de acordo com o seu tratamento, tendo ambos vindo embora sem o tratamento e a medicação prescrita».
Para Cecília Honório isto deixa «bem claro que se continua a verificar rutura no fornecimento de medicamentos de dispensa hospitalar no CHA, situação que tem de ser ultrapassada com urgência, pois não é aceitável nem concebível que os doentes sejam privados de medicação prescrita e de que necessitam».
Para os bloquistas, estas são «situações que causam grande constrangimento aos doentes devido à interrupção do processo terapêutico como provocam um imenso desgaste aos utentes e às suas famílias quando, sobretudo, se trata de grandes deslocações à unidade de saúde, vindo esta a não ter qualquer efeito – o doente que se dirigiu ao Hospital de Faro mora a cerca de 70 km».
Cecília Honório e João Semedo «exigem conhecer qual o motivo que levou à rutura destes medicamentos e durante quanto tempo esta durou».
Os parlamentares do BE querem ainda ver esclarecida a questão sobre que outros medicamentos estiveram em falta desde o início do ano e que medidas estão a ser adotadas para solucionar as estas recorrentes ruturas.