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O presidente da Federação Regional do Algarve do PS defendeu um programa de apoio à criação de emprego na região, durante a sua intervenção no XIX Congresso Nacional dos socialistas, em Santa Maria da Feira.

António Eusébio apelou mesmo à intervenção pessoal de António José Seguro para mudar esta grave situação, sublinhando que “o Algarve, dependente da atividade turística, vive actualmente, umas das fases mais difíceis da sua história”.

O presidente do PS/Algarve sustentou a necessidade de criar “uma agenda para o crescimento e emprego, assente na cooperação entre os serviços públicos, as autarquias locais e as pequenas e médias empresas, que possa valorizar as nossas principais atividades económicas”.

No Algarve, “o índice de desemprego é dos maiores do País, a entrega de habitações à Banca é o dobro da média nacional e a falência das empresas aproxima-se do dobro da média” e, apesar de “tudo isto, temos um Primeiro-Ministro que nunca visitou a região oficialmente, nem reuniu com os seus autarcas”.

O presidente do PS/Algarve acusou o Governo de desistir dos jovens, de cortar na educação e querer acabar com a escola pública e com o Estado Social e manifestou a sua oposição a quaisquer intenções de privatização do serviço nacional de saúde. Em Portugal e no Algarve, “precisamos de um Estado transparente, forte e eficiente, que acredite e prestigie a escola pública, o serviço nacional de saúde e o sistema público de segurança social”.

Contudo, “perante esta verdadeira fuga do Estado” reforçou António Eusébio, “são as Autarquias Locais e as parcerias sociais que vão adiando uma crise social iminente e indesejada”.

“Depois de submeter os portugueses a um colossal aumento de impostos, o Governo agora vira-se contra as autarquias, destruindo a autonomia do Poder Local com uma lei dos compromissos desajustada da realidade” acrescentou ainda o presidente dos soclialistas algarvios, sustentando que foi congeminada “uma reforma administrativa desastrosa” acabando com juntas de freguesia nas costas das populações e, como se não bastasse, “aplicou-lhes uma nova lei das finanças locais que reduz receitas e aumenta dificuldades às autarquias”.

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