Miguel Freitas, deputado à Assembleia da República, eleito pelo Partido Socialista, deslocou-se, a seu pedido, ao Agrupamento dos Centros de Saúde (ACES) do Algarve Central para se inteirar do ponto de situação da prestação de cuidados de saúde primários naquele que é o ACES que abrange mais de metade dos utentes na Região do Algarve.
Acompanhado por António Eusébio, presidente da Federação do PS Algarve, Miguel Freitas deslocou-se ao Centro de Saúde de Faro onde foi recebido pelo presidente da ARS Algarve João Moura Reis e pelo diretor executivo do ACES, José Carlos Queimado, aos quais teve oportunidade de manifestar a sua preocupação com a evolução dos cuidados de saúde aí prestados e particularmente com a carência de profissionais da área médica nas unidades de saúde abrangidas.
“Tivemos conhecimento que a carência de médicos sentida no Algarve tem vindo a agravar-se nos últimos meses, com a saída de profissionais por motivo de aposentação ou por cessação de contrato e pela não substituição dos mesmos” referiu o deputado socialista.
Tal como o Sul Informação noticiou, no Algarve, há 139.116 utentes sem médico de família, o que corresponde a 31,1% do total, segundo dados de dezembro último da Administração Regional de Saúde do Algarve.
Miguel Freitas disse ainda ter manifestado “ao presidente da ARS Algarve a grande preocupação com esta diminuição da acessibilidade aos cuidados de saúde primários pela população algarvia, particularmente num momento de grandes dificuldades económicas e sociais e com impactos já detetados na saúde das pessoas”.
“Apesar destas carências, registamos os avanços verificados com as Unidades de Saúde Familiar, modelo criado pelo Governo do PS e que deve ser alargado para lá das nove unidades já existentes”, conclui Miguel Freitas.
A par destas preocupações, o presidente do PS Algarve questionou o presidente da ARS Algarve sobre “a situação em que se encontram as SUB de Albufeira e Loulé, uma vez que supostamente seriam geridas pelo Centro Hospitalar do Algarve, mas, ao que é dado saber, não existe qualquer coordenação nem assunção da gestão destas pelo Centro Hospitalar e falta material clínico para o seu funcionamento”.
“Recebi da parte do presidente da ARS Algarve garantias de que estas situações estavam a ser acauteladas mas o certo é que são um diagnóstico preocupante da saúde no Algarve e da pouca relevância que este Governo atribui às questões que todos dias fragilizam a vida das populações e, neste caso, dos algarvios”, concluiu António Eusébio.