Os deputados do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, de visita ao Algarve no âmbito das Jornadas Parlamentares que estão a decorrer em Portimão, participam amanhã, sábado, numa marcha na Estrada Nacional 125 contra as portagens na A22.
A presença de todo o grupo parlamentar do Bloco servirá para mostrar que aquela estrada «não é alternativa nenhuma e que isso devia resultar no fim das portagens na A22», salienta o BE.
A ação realiza-se amanhã, sábado, de manhã, com arranque previsto para as 10h30, e terá lugar entre a rotunda da antiga EDP e a rotunda da FATACIL, em Lagoa.
«As portagens na Via do Infante e obras em curso na EN125 transformaram esta numa das estradas do país com maior registo de vítimas: no ano de 2016, ocorreram no Algarve 10.241 acidentes – dos quais resultaram 31 mortos e 158 feridos graves -, mais 751 do que em 2015 e mais 1.903 acidentes do que em 2014. Só no mês de agosto foram registados cerca de 50 acidentes de viação por dia», salientam os bloquistas.
Mas o Bloco acrescenta: «a tragédia agrava-se no Algarve: de 1 de janeiro a 15 de maio de 2017 já houve 3.245 acidentes, com 13 mortos e 64 feridos graves, quando no mesmo período de 2016 foram 3.164 acidentes com 7 mortos e 53 feridos graves, e em 2015 ocorreram 2.847 acidentes com 12 mortos e 57 feridos graves».
João Vasconcelos, deputado do Bloco eleito pelo Algarve, classifica a situação como «um autêntico estado de guerra não declarado», acrescentando que, «além dos muitos milhões pagos pelo Estado à concessionária todos os anos, a Via do Infante foi paga com verbas da União Europeia. As portagens também prejudicam muito a atividade económica na região».
O deputado bloquista sublinha: «António Costa reconheceu que a EN125 era um «cemitério», mas ainda nada fez. Vamos exigir que António Costa cumpra a palavra dada – acabar com as portagens».