Com o aproximar das eleições autárquicas, que em 2013 terão a particularidade de serem marcadas pela impossibilidade de recandidatura de muitos presidentes da Câmara algarvios, a JSD/Algarve também quer ter um papel ativo.
O recém-eleito presidente desta estrutura quer aproveitar para colocar mais jovens nos executivos camarários e admitiu ao Sul Informação, na primeira grande entrevista que deu após a sua eleição, que não limitarão a procura de jovens quadros políticos aos militantes da JSD
Sul Informação – As autárquicas de 2013 estão à porta. Quais são os vossos planos para esta área?
E.A. -Vamos criar um gabinete autárquico, até já temos uma pessoa nomeada. O nosso principal objetivo enquanto estrutura, como é óbvio, é ajudar o nosso partido a vencer todas as câmaras no Algarve.
É claro que defendemos o envolvimento dos jovens no poder autárquico, mas não o defendemos só por defender. O principal papel da JSD é formar jovens para que mais tarde sejam agentes políticos. Nesse sentido, vamo-nos pautar, durante este mandato, por formar aqueles que consideramos serem os melhores para poderem desempenhar um papel autárquico.
Por outro lado, a JSD também tem de ser transparente e falar a verdade aos jovens. Ou seja, explicar qual o caminho que nós defendemos e tentar convencê-los que é o melhor. Um dos nossos principais objetivos é a criação de um caderno de propostas transversais a toda a região na área da juventude. Desde o empreendedorismo, ao emprego, à formação, escola, ambiente e outras áreas. Depois cada concelhia poderá adaptá-las à sua realidade.
Suli – Estamos numa altura de renovação obrigatória na presidência de Câmaras. Isto é uma oportunidade para rejuvenescer os executivos?
E.A.- Acho que é uma boa altura para se fazer uma renovação. Temos bons atores políticos, mas também temos quadros jovens que merecem uma oportunidade. O PSD nacional defendeu que nestas autárquicas as listas deviam integrar jovens e nós vamos defender que assim seja. Não a inclusão de qualquer jovem, mas os melhores do partido ou mesmo da sociedade. A escolha pode ir além dos militantes da JSD.
Suli – E estão a pensar debater publicamente estas propostas? Vão agendar eventos nesse sentido?
E.A. – Neste momento ainda estamos numa fase de organização interna, pois fomos eleitos muito recentemente, mas a nossa ideia é começar a preparar um plano de atividades nas diversas áreas. Defendo que haja uma maior abertura dos partidos políticos e das juventudes partidárias à sociedade. Não devemos pensar apenas nos nossos congressos ou nos nossos conselhos regionais, é importante ouvir a sociedade. Iremos pautar-nos por esse tipo de atuação.
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