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Apesar de considerar que o Programa Impulso Jovem é, «no geral, uma iniciativa positiva no contexto da atual situação de catástrofe social», a Juventude Socialista do Algarve diz acreditar que tal medida «irá apenas criar emprego temporário e mais precário».

A JS Algarve afirma ainda que «não compreende como é que uma das principais medidas deste programa, o Passaporte Emprego, pode deixar de fora o Algarve «por não se tratar de uma região de convergência, considerando mesmo que «o Algarve devia ser classificado como uma Região de Emergência pelo nível de desemprego jovem e de precariedade que existe na região, a mais afetada do país pelo desemprego».

No entanto, esta manhã o ministro Miguel Relvas já anunciou que, reconhecendo a «situação excecional» do Algarve, o Governo decidiu alargar o programa à região algarvia.

Numa perspetiva global, a JS Algarve considera que «o tempo dos estágios, 6 meses (exceto os da Administração Publica com uma duração de 12 meses) é manifestamente insuficiente para inserção de um jovem no mercado de trabalho e não visa a criação emprego permanente mas sim temporário, visto que após esses 6 meses, o empregador não tem qualquer obrigação de dar emprego ao trabalhador».

Os jovens socialistas consideram ainda que «o montante pago aos estagiários de acordo com o seu nível de escolaridade, que vai desde os 419 euros para um jovem sem a escolaridade obrigatória, aos 691 para um licenciado, mestre ou doutor», é «trabalho praticamente gratuito de trabalhadores com elevados níveis de escolaridade».

No que toca ao incentivo à contratação de jovens através da redução das contribuições para a Segurança Social por parte do empregadores, o facto de «possuir um teto máximo de 175 euros, significa que, para salários a partir dos 700 euros, não existe qualquer benefício», salienta a JS Algarve. Por isso, a estrutura juvenil algarvia dos socialistas «considera a medida um incentivo para baixar a renumeração dos jovens licenciados portugueses, que pela fragilidade social que enfrentam, os obriga a aceitar trabalho em condições de maior precariedade».

Em suma, a JS Algarve considera o Impulso Jovem «um programa de baixas renumerações com fundos públicos, um passaporte para o trabalho precário do qual constam medidas anteriormente experimentadas e fracassadas num contexto de forte recessão económica e que pode vir apenas a traduzir-se numa reorganização de fundos comunitários e em maior precaridade laboral para os jovens portugueses».

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