A JSD/Algarve fez história no XXIV Congresso Nacional, colocando-se pela primeira vez, desde 1979, na Comissão Política Nacional Permanente, enquanto o líder dos jotas algarvios, Carlos Gouveia Martins, foi escolhido como Coordenador Nacional Autárquico da JSD.
Uma vitória dupla da JSD algarvia, no XXIV Congresso Nacional da estrutura juvenil dos social-democratas, que se realizou durante este último fim de semana, na Batalha, no distrito de Leiria.
Presentes estiveram duas dezenas de jovens algarvios de diversos concelhos, como delegados e observadores, enquanto Lorena Souza fez parte da Comissão Organizadora deste Congresso.
No plano de trabalhos, a JSD/Algarve foi, pelo segundo Congresso Nacional consecutivo (Braga, em 2014, e agora Batalha, em 2016), a estrutura distrital do País com maior número de propostas políticas setoriais apresentadas. As sete propostas algarvias foram todas aprovadas durante as votações do XXIV Congresso Nacional.
Um Congresso que irá “marcar a história da estrutura algarvia mas que acima de tudo reforça em definitivo o percurso evolutivo na representatividade nacional que esta comissão política distrital da JSD/Algarve alcançou desde a liderança nacional de Cristóvão Simão Ribeiro” assume Carlos Gouveia Martins.
Por outro lado, pela primeira vez desde a fundação da JSD, também na região algarvia com Vasco Grade em 1979, há um algarvio eleito para a Comissão Política Nacional Permanente da JSD.
Carlos Gouveia Martins não só foi “promovido” à Comissão Permanente da JSD, como ficou responsável pelo maior desafio político nacional para este mandato: será Coordenador Nacional Autárquico da JSD.
Nessas suas novas funções, Carlos Gouveia Martins frisou que a estrutura não irá negociar “nem quotas, nem percentagens mínimas de elementos da estrutura partidárias nas listas”.
No entanto, acrescentou, a JSD tem uma “enorme responsabilidade para poder voltar a colocar o PSD a liderar a Associação Nacional de Municípios e a ANAFRE, ganhando inequivocamente, a nível nacional, as Eleições Autárquicas”, assim como tem responsabilidade “no objetivo primordial de alargar as maiorias onde o Partido já é poder autárquico e reconquistar o poder onde o Partido é ainda oposição, no sentido de fazer esquecer o pior resultado autárquico da história do PSD, em 2013, nestes últimos 40 anos desde que se realizou a primeira eleição livre e democrática em Portugal”.
Na Comissão Política Nacional da JSD, além de Carlos Gouveia Martins na Permanente, o Algarve irá estar representado por Miguel Encarnação, enquanto Secretário-Geral Adjunto.
No Conselho Nacional da JSD, também se mantém a representação alcançada no último Congresso e são eleitos diretamente dois algarvios como Conselheiros Nacionais, Ricardo Proença Gonçalves e Tiago Mateus. Em virtude das normais inerências deste órgão máximo da JSD, Teresa Martins irá ser automaticamente eleita e ficará João Figueiredo como suplente na quota atribuída ao Algarve.
Nos próximos dias, após ser nomeado o novo Coordenador do Gabinete de Estudos, a JSD/Algarve também irá apresentar quais os seus militantes que serão nomeados e aprovados para este Gabinete de Trabalho da estrutura nacional da JSD.
Para Carlos Gouveia Martins, presidente da Comissão Política Distrital da JSD/Algarve, “um distrito que representa apenas 1% da militância da JSD no País e consegue chegar a um Congresso Nacional para apresentar 12% de todas as propostas políticas setoriais votadas é sinónimo de muito trabalho”.
“Demonstrámos também pelos cargos para que fomos eleitos que a meritocracia às vezes tem de funcionar. Hoje estamos por mérito próprio nos cargos que ocupamos, não por peso de votos ou militantes, sendo que foi muito mais difícil de aqui chegar comparativamente às grandes distritais do País que têm muitos mais militantes, autarcas e possibilidades de trabalhar”, disse ainda.
Para finalizar, reforçou os frutos do trabalho da JSD/Algarve nestes últimos dois anos: “no Congresso de Braga, em 2014, recolocámos um algarvio eleito na Comissão Política Nacional, passado mais de uma década. Neste Congresso de 2016, colocámos um algarvio eleito na Comissão Permanente, passados mais de 37 anos. Valeu a pena seguramente o trabalho que fizemos, sem os recursos e militância de outros”.