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Ana Drago_1«A Candidatura Cidadã Livre/Tempo de Avançar tem como uma das suas prioridades fazer parte de uma solução de Governo. Isso não significa ter ministros ou secretários de Estado, mas conseguir espaço para poder negociar, com quem for Governo, as políticas que pautarão o futuro deste país».

As palavras são de Paulo Ribeiro Pereira, um dos candidatos a deputado do Livre/Tempo de Avançar pelo Algarve, na sessão de apresentação das listas que teve lugar na sexta-feira à noite, num restaurante de Faro, com a presença de Ana Drago, uma das líderes do movimento.

«Chega de 40 anos de protesto que não resolveram nada», acrescentou.

«Não estamos aqui para dividir a esquerda, mas para conseguir um espaço de diálogo que ponha fim ao processo de divisão em trincheiras entre as várias forças de esquerda, perpetuando a memória de 75, que dividiu a esquerda», acrescentou o candidato.

Ana Drago, por seu lado, em declarações ao Sul Informação, à margem da sessão, salientou: «o que nós somos, no campo da esquerda, é uma força política que acha que não se resolve os problemas do país apenas pelo protesto e pela denúncia – embora esse protesto e essa denúncia sejam muito importantes – mas que está disponível para encontrar compromissos que respondam à vida das pessoas, mas que respondam verdadeiramente».

«Queremos que seja possível, como existe noutras democracias, ter uma relação normal entre as forças políticas de esquerda e que sejam possíveis diálogos, seja com o Partido Socialista, seja com o Partido Comunista, seja com o Bloco de Esquerda, de modo a que os 60% de intenções de voto em forças políticas que se batem contra a austeridade sejam respeitados na próxima Legislatura, e portanto seja possível a Portugal ter um Governo anti-austeridade», disse ainda Ana Drago.

«Portugal não pode ter vivido a maior crise histórica da sua Democracia e nada acontecer», frisou.

Joaquim Mealha CostaEm intervenções que se situaram muito à volta de questões algo teóricas, Joaquim Mealha Costa, nº 2 de lista pelo Algarve, defendeu que «este movimento tem de conseguir chegar mais profundamente aos cidadãos, mas temos de reconhecer que não conseguimos fazê-lo».

Para Joaquim Mealha, há que «recuperar as pessoas para a atividade política, não apenas a política do voto, mas da participação».

«Se conseguíssemos recuperar nem que fosse só um terço das pessoas que já estão completamente fora de tudo, a Anabela [Afonso, cabeça de lista pelo Algarve] já estava eleita», brincou o candidato.

Mais a sério, Joaquim Mealha salientou que «há um número cada vez maior de pessoas que se está a afastar da política. O discurso do “eles, os políticos, são todos iguais” é perigoso. É o discurso que interessa ao fulano que não é honesto, que é causador de muitas destas situações».

«Nem todos são iguais, há uma questão de valores que é fundamental», sublinhou.

«Esta é uma causa de combate ao medo, do desmascarar da mentira, para começar a recuperar alguma dignidade», concluiu Joaquim Mealha.

O apelo ao trabalho dos candidatos e dos simpatizantes e apoiantes do Livre/Tempo de Avançar, para chegar aos cidadãos e fazê-los participar no processo político e na vida do próprio movimento, foi uma constante ao longo das intervenções.

E as Legislativas de 4 de Outubro não são o fim em que se esgota este movimento de cidadãos. «Estamos a começar uma corrida de fôlego, temos as eleições, mas continuamos depois», disse Ana Drago.

 

livre tempo de avançarLista do Livre/Tempo de Avançar no Algarve:

Anabela Afonso
Joaquim Mealha Costa
Guadalupe Simões
Fernando Leitão Correia
Carla do Carmo
David Marques
Ana Xavier
Paulo Ribeiro Pereira
Andreia Afonso

Suplentes:
J. Guilherme G. Nunes
Manuel Mariano
Maria Emília Costa
Júlio Andrade

 

Apresentação dos candidatos do Livre/Tempo de Avançar em Faro:
(Fotos: Elisabete Rodrigues/Sul Informação

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