Uma delegação do Movimento Algarve Sem Portagens entregou, na quinta-feira, dia 12, na Assembleia da República, as 6500 subscrições da “Petição pelo fim das Portagens na Via do Infante”.
O Movimento salienta que, apesar de a recolha de assinaturas ter sido realizada «em pouco mais de um mês», conseguiu alcançar cerca de 6500 assinaturas – mais 2500 do que as necessárias para levar a petição à discussão no plenário da Assembleia da República – o que é «bastante revelador do facto das populações algarvias continuarem a não baixar os braços perante a tremenda injustiça de que são alvo, desde há três anos».
Recebidos por Guilherme Silva, vice-presidente da Assembleia da República, os elementos da comitiva apresentaram a petição, aproveitando ainda a ocasião para alertar para as «gravosas consequências que a introdução das portagens tem trazido para a região algarvia», com consequências não apenas no turismo, «mas também na própria economia regional e na vida dos trabalhadores e populações».
Apesar de esta não ser a primeira iniciativa do género a ser levada ao Parlamento, o Movimento diz esperar vir a «confrontar uma vez mais as diferentes forças políticas, em particular o PS, o PSD e o CDS, sobre quem cai a responsabilidade da introdução de portagens na Via do Infante há mais de três anos».
O Movimento considera que aqueles três partidos são «o principal factor de bloqueio» ao fim das portagens, já que chumbaram «todas propostas que visavam a sua eliminação e que foram entretanto apresentadas na Assembleia da República».
O Movimento aguarda agora que a petição possa seguir os seus normais trâmites, mas garante que, «independentemente do resultado» da petição no Parlamento, «não dá por terminada a luta contra as portagens» e, «face ao crescente número de pessoas que reclamam o fim daquelas na Via do Infante, irá planear mais ações de luta que permitam demonstrar a determinação das populações algarvias em transformar o Algarve numa região livre de portagens».