O PCP defende que mais do que mudar as pessoas que compõem o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve, «é preciso uma nova política, que defenda o Serviço Nacional de Saúde (SNS) do Algarve».
«Sem prejuízo de justas observações que foram sendo feitas ao longo do tempo quanto ao desempenho da anterior administração do CHA, o facto é que, a tomada de posse de um novo conselho de administração no Centro Hospitalar do Algarve de pouco ou nada valerá se, entretanto, não forem tomadas medidas, a começar pelas opções inscritas no Orçamento do Estado para 2016, para uma real inversão das políticas seguidas pelo anterior governo», defendeu a Direção da Organização Regional do Algarve (Doral) comunista.
Para o PCP/Algarve, é necessário, desde logo, «reverter a fusão dos hospitais», que levou à criação do CHA, que integra os Hospitais de Faro, Portimão e Lagos. Por outro lado, é preciso «reforçar a contratação de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde».
«Travar o encerramento e reabrir serviços e extensões de saúde entretanto fechadas, garantir até ao final da legislatura que todos os algarvios tenham médico de família, acabar com as taxas moderadoras e reverter a política de financiamento público dos hospitais e clínicas privados», são outras medidas exigidas pelos comunistas algarvios.
«No quadro da nova fase da vida política nacional, estando aberta a possibilidade decorrente da nova correlação de forças existente na Assembleia da República de, ainda que de forma limitada, proceder à devolução de direitos e rendimentos que foram roubados, exige-se que sejam tomadas outras medidas e opções que invertam o percurso de destruição do Serviço Nacional de Saúde», acrescentam.