Uma delegação do PCP, integrando o deputado Paulo Sá, eleito pelo Algarve, reuniu-se a 26 de outubro, com a União de Sindicatos do Algarve, com o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas e ainda com o Sindicato dos Professores da Zona Sul.
Na reunião com a União de Sindicatos, foi analisada a situação económica e social no Algarve, com particular incidência no «sério problema» de desemprego que assola a região.
Segundo os comunistas, «o elevado nível de desemprego, conjugado com os baixos salários, a precariedade laboral e os salários em atraso, traduz bem o acelerado empobrecimento geral da população e a destruição da atividade económica na região algarvia, resultantes das medidas impostas no âmbito do Programa da Troica assumido com o FMI, a União Europeia e o Banco Central Europeu».
Objeto de análise foi também a degradação dos direitos laborais e a fragilização das relações de trabalho, que se traduzem, em particular, «no aumento do número de trabalhadores que circulam entre o desemprego e contratos de trabalho de natureza precária e no número de contratos de trabalho de curta ou muito curta duração, na utilização abusiva de estagiários no preenchimento de postos de trabalho permanentes, no recurso a contratos de emprego e inserção e nos salários em atraso».
Os participantes no encontro convergiram na opinião de que «é necessária uma política de valorização do trabalho e dos trabalhadores e de combate ao desemprego e à precariedade laboral, que abra caminho ao desenvolvimento económico, ao progresso social e à elevação das condições de vida dos trabalhadores».
Na reunião com o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, a delegação do PCP inteirou-se das propostas reivindicativas dos trabalhadores da Administração Pública, que os comunistas dizem estar a ser «duramente atingidos pelas medidas de austeridade impostas pelo Governo PSD/CDS, nomeadamente no que diz respeito aos salários e pensões, aos horários, às férias e feriados e ao emprego».
Foram ainda passados em revista problemas específicos dos trabalhadores da Administração Pública no Algarve, tendo a delegação do PCP assumido o compromisso de questionar o Governo sobre essas matérias por intermédio do seu Grupo Parlamentar.
Por fim, na reunião como o Sindicato dos Professores da Zona Sul, a delegação do PCP inteirou-se das doze medidas de concretização imediata a apresentar, pela FENPROF, aos grupos parlamentares e ao governo constituídos na sequência das eleições de 4 de outubro, assim como dos três eixos fundamentais de ação reivindicativa desta estrutura sindical representativa dos professores e educadores.
Também aqui a delegação do PCP se comprometeu a questionar o Governo sobre os problemas concretos do setor da Educação.
Na próxima semana, o PCP continuará esta ronda de reuniões com sindicatos representativos dos trabalhadores de diversos setores de atividade.