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O Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve, pela voz do seu presidente Pedro Nunes, garantiu a uma delegação do PCP que, do processo de reorganização em curso, não resultaria o encerramento de serviços ou valências em qualquer um dos três hospitais que integram o Centro Hospitalar, nem despedimentos de trabalhadores.

Pedro Nunes, segundo nota de imprensa dos comunistas algarvios, garantiu ainda que a recente denúncia do contrato da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital de Portimão se destinava a renegociar um novo contrato, alargando o número de camas disponíveis de cuidados paliativos e convalescença no Algarve.

Por outro lado, aquele responsável informou que o Centro Hospitalar do Algarve «se encontra subfinanciado, necessitando de um reforço de financiamento».

A delegação do PCP, integrando Paulo Sá, deputado do PCP na Assembleia da República eleito pelo Algarve, e eleitos da CDU nos órgãos autárquicos de Faro (António Mendonça), Portimão (Nelson Freitas e Paulo Pereira) e Lagoa (Conceição Pedro), reuniu-se na segunda-feira, em Faro, com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve.

A delegação do PCP transmitiu a sua «discordância em relação aos processos de fusão e concentração de unidades hospitalares a decorrer em todo o país, e em particular no Algarve, que o Governo PSD/CDS tem imposto com motivações meramente economicistas, colocando em causa a qualidade dos serviços e a acessibilidade dos utentes aos cuidados de saúde».

Segundo os comunistas, «o objetivo de reduzir a despesa pública no setor da Saúde, imposto no âmbito do Memorando da Troica, está bem patente na proposta do Orçamento do Estado para 2014, que prevê um brutal corte de 9,4% no Ministério da Saúde (menos 848 milhões de euros do que em 2012)».

Relativamente à recente concentração dos hospitais de Faro, Portimão e Lagos no Centro Hospitalar do Algarve, que mereceu a «frontal oposição de vários órgãos autárquicos e de outras entidades da região», a delegação do PCP manifestou a sua «profunda preocupação com a possibilidade de, em resultado dessa concentração, poderem vir a ser encerrados serviços e valências nos hospitais de Faro, Portimão e Lagos».

Apesar das garantias dadas pelo presidente do CHA, o PCP anuncia que «continuará a acompanhar atentamente o processo de reorganização dos serviços hospitalares do Algarve, rejeitando qualquer redução de valências ou serviços, em qualquer um dos hospitais do Centro Hospitalar do Algarve, de que resultaria a degradação da oferta pública de cuidados de saúde».

O PCP continuará ainda «a lutar para que as unidades de saúde públicas sejam dotadas dos meios e recursos humanos adequados para garantir uma resposta de qualidade e eficaz do Serviço Nacional de Saúde aos utentes do Algarve».

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