O presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António passou a integrar, esta segunda-feira, a Comissão para o Desenvolvimento Sustentável do Território, um organismo da Assembleia Regional e Local Euro-Mediterrânica (Arlem).
As migrações e a crise do Mediterrâneo são alguns dos assuntos em debate na primeira reunião da assembleia, nomeadamente a necessidade de ampliar a cooperação transfronteiriça e de criar novas perspetivas sobre as relações de «vizinhança» no sul da Europa.
«Mais do que um novo cenário político e económico, as transformações operadas, nos últimos anos, na faixa do Mediterrâneo, deverão ser observadas como um desafio para estender os laços de colaboração económica e social, nomeadamente no que se refere à qualificação de recursos humanos e às múltiplas potencialidades trazidas pela economia do mar», nota Luís Gomes, presidente da autarquia de VRSA e também membro do Comité das Regiões da União Europeia.
Da mesma forma, a comissão irá avaliar as alterações laborais operadas, nos últimos anos, nos países do mediterrâneo, e propor soluções para aumentar as oportunidades de emprego jovem, tendo em consideração as dificuldades no acesso ao mercado de trabalho e às crescentes pressões migratórias existentes nesta faixa do território.
Para levar este objetivo por diante, a Euromed irá propor a aplicação dos fundos estruturais nas regiões mais desfavorecidas do Mediterrâneo, de forma a ampliar a sua competitividade e promover o incremento do emprego, tendo por base as metas regionais e locais de cada um dos países e os objetivos da Agenda Europeia 2020.
«Com estas medidas, estão traçadas as bases para fortalecer as estratégias de acolhimento dos países do sul da Europa, envolvendo os governos locais, o setor privado e a sociedade civil. Da mesma forma, é promovida a construção de uma justiça social nos países do Mediterrâneo onde os fluxos migratórios têm gerado progressivas transformações económicas e sociais», nota Luís Gomes.
A Arlem foi fundada em 2010 pelo Comité das Regiões da União Europeia e tem como missão cimentar o diálogo entre os representantes locais e regionais das políticas europeias e o mediterrâneo, aproximando as fronteiras da União Europeia e as autoridades dos países banhados pelo mediterrâneo.
A assembleia é composta por 80 membros e está equitativamente repartida por 15 representantes do Mediterrâneo (da qual fazem parte países como Marrocos, Tunísia e Argélia), pela União Europeia e por um conjunto parceiros, associações e instituições corporativas.