Luís Graça, presidente do PS Algarve, quer que seja consensualizada entre o Governo e os autarcas da região «uma estratégia de excelência ambiental, com a consequente redução da pegada ecológica, incentivando a mobilidade elétrica, a eficiência energética e a valorização do imenso património natural do Algarve».
Este desejo foi manifestado tanto ao primeiro-ministro como aos 16 presidentes de Câmara algarvios numa carta, enviada por Luís Graça «imediatamente após o anúncio efetuado pelo consórcio ENI / GALP do fim das intenções de prospeção de petróleo no Algarve».
«Sempre sustentámos que o nosso petróleo é o turismo e que este requer níveis ambientais de excelência incompatíveis com a exploração de petróleo. O anúncio da Galp / Eni de abandonar o projeto petrolífero no Algarve é uma boa notícia para Portugal e uma excelente notícia para o Algarve», considerou.
Agora, «afastada que está agora esta nuvem negra», o também deputado do PS à Assembleia da República defende que se deverá «dinamizar uma carta de excelência ambiental, com objetivos e metas temporais, consensualizando os mesmos com o Governo, de forma a garantir sustentabilidade ecológica para a região e potenciar o contributo económico que o Algarve e o turismo atualmente já dão e pode ainda vir a dar a Portugal».
Luís Graça aproveitou para lembrar que foi coordenador do grupo de trabalho criado na Assembleia da República para rever a legislação em matéria de prospeção e exploração de petróleo e realçou «a evolução legislativa que foi alcançada nesta matéria, nomeadamente o reforço da transparência, do papel das autarquias e do rigor ambiental».
