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«A capacidade das instituições sociais em dar resposta às necessidades das pessoas» preocupa os socialistas algarvios, «até porque também estas têm recursos limitados e muitas dependem da efetivação de acordos com o Estado». As palavras são de António Eusébio, presidente do PS Algarve, após se ter reunido, a seu pedido, na passada sexta-feira, dia 31 de janeiro, com João Amado, presidente do Secretariado Regional de Faro da União das Misericórdias Portuguesas.

A reunião decorreu no espaço da Santa Casa da Misericórdia de Portimão, da qual o presidente do Secretariado Regional é provedor.

António Eusébio manifestou-lhe a sua preocupação com a situação com que cidadãos e famílias algarvias se confrontam e a capacidade de resposta que as instituições sociais, nomeadamente as Misericórdias, detém para colmatar tais necessidades.

«Sabemos que, neste momento difícil, os cidadãos e as famílias procuram ajuda junto das autarquias mas também junto das instituições sociais, para as situações mais prementes», disse António Eusébio.

«O regular funcionamento destas instituições é fundamental para poder apoiar as famílias e os cidadãos com maiores fragilidades sociais», continuou António Eusébio, importando que «o governo central as percecione como parceiras e como suporte social fundamental, dando-lhe capacidade de ampliar as respostas sociais na exata medida das necessidades sentidas».

O líder dos socialistas algarvios ouviu do presidente do Secretariado Regional de Faro da União das Misericórdias Portuguesas que algumas famílias estão com dificuldades objetivas em continuar a pagar a sua comparticipação nas despesas com os familiares, nomeadamente idosos.

Acrescentou João Amado que algumas das famílias que tinham os seus idosos em lar privado, nos últimos anos, têm vindo a solicitar a transferência para outro lar onde existe a comparticipação da Segurança Social.

João Amado identificou ainda outras questões importantes para o funcionamento das Misericórdias e capacidade de resposta aos pedidos com os quais são confrontados quase diariamente: aumentar o apoio social domiciliário e integrar a componente social nas equipas de cuidados continuados integrados domiciliários; aproveitar os equipamentos existentes nas misericórdias que se encontram constrangidos pela dificuldade em proceder ao respetivo licenciamento, entre outras.

António Eusébio salientou a relevância social e da economia social destas instituições, a par das demais instituições particulares sem fins lucrativos, defendendo que a administração central deve ajudar a criar condições para a sustentabilidade destas e para que possam exercer em pleno a sua função social, ainda mais num contexto complexo como aquele por que o país e a região estão a passar.

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