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O presidente do PS Algarve considerou hoje que o Governo “deve uma explicação aos algarvios” quanto às eventuais consequências do anunciado fim das isenções sobre o pagamento de portagens na Via do Infante (A22), tendo defendido a manutenção deste regime especial até que sejam concluídas as obras de requalificação da EN 125.

Persistindo na necessidade de uma avaliação rigorosa ao impacto sócio-económico na região, devido à introdução de portagens na A22, António Eusébio recorda que o regime de isenções constituiu uma medida de discriminação positiva criada pelo Governo Socialista, quando “forçado pelo PSD (então partido na oposição)a introduzir portagens em todas as Scut”. E salienta o compromisso assumido na altura pelo Governo do PS.

“O Governo do PS assumiu, com o Algarve, o compromisso de manter as isenções até à conclusão das obras de reabilitação da EN125. Acontece que estas obras estão paradas, ninguém sabe, nem o Governo, quando terminarão, mas fazendo tábua rasa dos compromissos com os algarvios, o Governo de Passos Coelho prepare-se para dar mais uma machada na economia da região e na qualidade de vida da população em geral”, frisa o líder regional do PS, para criticar o silêncio do Governo sobre esta e outras questões estratégicas para a região.

“É inadmissível que o Governo da República não responda ao pedido formulado pelo PS Algarve, no sentido de ser feita uma avaliação do impacto económico na região face à introdução das portagens na Via do Infante e, mais grave ainda, que inviabilize a possibilidade de esse estudo ser feito por entidades independentes”, critica António Eusébio, apontando como exemplo o recente estudo desenvolvido por uma consultora, à qual foi impedido o acesso a documentos sobre o contrato de concessão da ex-SCUT do Algarve.

Os socialistas salientam ainda que, segundo o estudo desenvolvido pela consultora Ernest & Young, abrangendo as restantes ex-SCUT do País, por cada oito euros de portagens pagos pelos automobilistas, a Estradas de Portugal ganha apenas um euro.

“A Federação do PS Algarve exige que o Governo viabilize a realização imediata de uma avaliação independente dos impactos do portajamento da Via do Infante na economia regional, particularmente na atividade turística, bem como no aumento do desemprego na região e, inclusive, no benefício económico direto da medida”, afirma António Eusébio.

O líder do PS algarvio considera urgente que o executivo liderado por Passos Coelho esclareça os algarvios sobre se irá pôr fim às isenções, ou se cumpre o compromisso existente com a região, mantendo o regime especial até à conclusão das obras de requalificação da EN125.

O PS Algarve exige, por isso, o levantamento da suspensão das obras na principal estrada nacional do Algarve, bem como medidas urgentes para solucionar os constrangimentos regionais de mobilidade.

 

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