O PSD Algarve emitiu, esta terça-feira, 6 de Junho, um comunicado, na sequência das declarações de Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas, no qual defende que Junho será «um mês difícil na EN125 porque a maioria que apoia o Governo assim quer».
Segundo os sociais-democratas, «PS, PCP e BE chumbaram medidas que poupariam os algarvios a sofrimentos desnecessários».
E de que medidas estamos a falar? «O PSD relembra que apresentou dois projetos na Assembleia da República, em Maio de 2015 e Janeiro de 2016, pelos deputados Cristóvão Norte e José Carlos Barros, nos quais se determinava a suspensão da cobrança de portagens na A22 nos troços correspondentes aos da EN125 que revelassem estrangulamentos intoleráveis ou viessem a ser encerrados durante as obras», considera aquele partido.
«O projeto foi chumbado por PS, BE e PCP. Dizem-se contra as portagens e nem capazes são de as suspender durante as obras?», acrescenta o PSD Algarve.
Em causa está a frase de Pedro Marques, que disse que Junho ainda «será difícil» para quem circula na EN125 – ou seja até à conclusão do «essencial» das obras, prevista para o final deste mês.
O PSD responde dizendo que «a gravidade destas declarações resulta do facto de o Governo ter sido avisado sobre o que a obra representaria em termos de constrangimentos» mas «nada quis fazer, deixando os algarvios à mercê do caos e sem ter sequer um plano de obra que minimizasse os efeitos, como, por exemplo, a utilização de horários noturnos».
Aquele partido argumenta, ainda, que «das três forças políticas que suportam o Governo, duas deles comprometeram-se com os algarvios pela abolição e a restante com a redução a título imediato de 50 por cento. Nada disto sucedeu».
Neste comunicado, o PSD Algarve também se refere à manifestação contra as portagens na Via do Infante (A22), realizada no passado sábado (2 de Junho), em Lagoa, e organizada pelo Bloco de Esquerda, ao dizer que «a contestação é mais importante que a solução».
O PSD conclui, apelando «a que estas forças assumam o que se comprometeram com os cidadãos».
