O PSD Algarve diz que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) na região está «à beira do caos» e critica a «alteração oportuna» da visita de ontem do secretário de Estado da Saúde Manuel Delgado, em substituição de Adalberto Campos Fernandes, ministro da Saúde.
Em comunicado, os sociais democratas algarvios consideram que a possível extinção do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), anunciada ontem por Manuel Delgado, «ainda que possa eventualmente, atenuar alguns estrangulamentos, não irá determinar a existência de mais médicos, mais enfermeiros e melhores condições de trabalho para todos os profissionais de saúde».
Ao invés, diz o PSD Algarve, «o anúncio da construção do novo Hospital Central no Algarve» iria dar «uma perspetiva de melhoria das condições para a prestação de cuidados de saúde hospitalares na região».
Por seu lado, no comunicado hoje emitido, os social democratas algarvios lamentam que esta obra não venha a avançar «durante a presente legislatura». «Essa será uma promessa para ser feita, se a geringonça durar até lá, mais lá para o final do ano de 2019», acrescenta este partido. Recorde-se que a construção do Hospital Central do Algarve foi suspensa pelo anterior Governo PSD/CDS.
No comunicado, o PSD apresenta dados, de 2016, da Administração Central do Sistema de Saúde, para sustentar a sua tese, como o facto de o CHA ter «o segundo mais alto índice de mortalidade dos 40 hospitais do país, de 8,2» ou «o pior índice de demora média do país, de 9,3».
«Esta é, infelizmente, a dura realidade do Algarve que os partidos que suportam o Governo se escusam a comentar – entenda-se PS, Bloco de Esquerda e PCP – e pela qual o ministro da tutela não se digna sequer a cara, enviando à região, em sua substituição, o seu secretário de Estado», conclui o comunicado do PSD/Algarve.